Rio: Casos de estupro de outras pessoas vulneráveis no TJ sobem para 90% até 2021

01/03/2022 14:00, atualizado em 28/02/2022 21:09

Rio de Janeiro – Dados do Observatório Judiciário de Violência contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) mostram que o número de novos casos de estupro de outras pessoas vulneráveis em 2021 saltou 90% em relação ao ano passado. Enquanto em 2020 foram abertas 95 ações, no ano seguinte foram registradas 180.

Os casos de violência sexual contra jovens e adolescentes também têm maior número no mesmo período. No ano passado, foram 1. 715 notificações, totalizando 485 casos de violência sexual contra jovens e 558 contra adolescentes. Em 2020, foram 1. 578 casos, somando 438 jovens e 552 adolescentes.

Este ano já foram 154 notificações, somando 43 envolvendo jovens e 39 adolescentes adversários.

Três presos sob acusação de abusar sexualmente de menores nas proximidades da DFiStock

O caso é investigação.

Ednilson Aguiar/O Livro

Segundo a prefeitura, os dois espaços da Sala Lilás – que reúne agentes do poder executivo e judiciário, com atendimento especializado às vítimas de violência doméstica – no Instituto Médico Legal, no Centro e em Campo Grande, zona oeste – são os maiores declarantes de violência sexual. A equipe-alvo é responsável por 33,7% de todas as notificações, seguida pelos hospitais municipais (21,5%) e clínicas do círculo familiar (17,5%).

Essa força armada gerou uma mobilização de juízes, policiais e agentes do estado e dos municípios. Segundo Raquel Caprio, Assessora Especial da Subsecretaria de Promoção, Atenção Básica e Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, as políticas públicas são orientadas por dados.

“O que será feito é ampliar ainda mais o compartilhamento de dados de outras pessoas que ingressaram com ações judiciais. Isso permitirá que aqueles que ainda não ganharam atenção sejam incluídos em um dos conjuntos do município”, disse.

“Precisamos conhecer os processos desenvolvidos pelo corredor da cidade na região. Os juízes estão envolvidos na remoção das vítimas. O medo é projetar um serviço para ter outra visão de quem está com esse tipo de processo na Justiça. Precisamos de crianças vítimas ou testemunhas de violência para obter atendimento adequado”, disse a juíza Adriana Ramos de Mello em nota divulgada pelo tribunal.

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