Os telefones Xiaomi tornaram-se sinônimos de preços baixos. Isso se deve, em grande parte, às importações não oficiais, sem pagar impostos, que permitem que o produto chegue aqui a um preço menor do que a concorrência. Um endereço aplicável acaba sendo o Paraguai: cerca de 3 a 4 milhões de smartphones da marca são vendidos anualmente no país vizinho, e a maioria deles é destinada ao Brasil.
A estimativa vem da Allied, distribuidora esposa da Xiaomi em sua operação no mercado brasileiro. Os dados são provenientes de um resultado monetário da empresa.
Um dos objetivos da Allied é diminuir o mercado cinza da marca aqui. O mercado cinzento é a chamada para produtos originais que deixaram legalmente a fábrica, mas são bem sucedidos no mercado varejista nacional sem pagar os impostos devidos.
Para formalizar a presença da empresa chinesa no Brasil, a Allied pretende fortalecer os canais de venda de produtos originais nos marketplaces.
Durante o primeiro trimestre de 2022, a distribuidora abriu pontos oficiais de venda da Xiaomi na Via (empresa dona das marcas Extra, Casas Bahia e Ponto Frio), Magazine Luiza, B2W (Americanas, Submarino e Shoptime) e Compra Certa.
De acordo com seu site, a Allied também tem sua própria loja Mobcom, em produtos de geração, e é uma revendedora legal da Apple, Google e HyperX.
A distribuidora vê o crescimento da Xiaomi no Brasil.
Ela cita números globais para esta afirmação: a empresa chinesa atingiu 12,4% da participação do mercado global de smartphones no quarto trimestre de 2021, 3,9 pontos percentuais a mais do que na mesma época em 2020.
A estratégia da Aliada e da Xiaomi está alinhada com um movimento dos marketplaces e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Em novembro de 2021, as equipes da Via e Da Americanas/B2W chegaram a um acordo com a empresa reguladora para coibir a venda de smartphones que entram no Brasil por meio de canais legais.
Os varejistas se comprometeram a tomar medidas para salvá-lo do registro de produtos não aprovados através da agência.
A consultoria IDC Brasil estima que quatro milhões de celulares serão vendidos no mercado brasileiro em 2021.
Com informações: Tempo móvel.
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