Enquanto a indústria brasileira como um todo e em muitas partes do país está sentindo as dificuldades da economia e recuando, a de Mato Grosso tem controlado para manter um crescimento expressivo, devido à concentração na indústria alimentícia, especialmente carne bovina e soja. . . .
A Pesquisa Mensal da Indústria Regional (PIM), divulgada nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o estado registrou crescimento de 4% na produção de janeiro a dezembro.
Este foi o quarto mês consecutivo de crescimento, sendo que acumulou ganho de 37,6%. Enquanto isso, a indústria brasileira registrou queda de 0,2% na época.
A funcionalidade de Mato Grosso em janeiro foi a mais produtiva do mês entre as 15 regiões estudadas pelo IBGE e evitou uma queda ainda maior na indústria brasileira, passando por 2,4% no período.
Em relação a janeiro de 2021, a expansão da produção de dois dígitos em Mato Grosso (43%), também impulsionada por uma base mais fraca a partir de janeiro de 2021. No resultado acumulado em doze meses, o acumulado é de 3,9%.
Ao final de janeiro, o ponto de produção foi 23,5% superior ao observado em fevereiro de 2020, antes da pandemia, o ponto mais produtivo entre as 15 posições conhecidas pelo IBGE.
A indústria mato-grossense é muito pequena, representando 1,3% do total nacional, e muito concentrada em alimentos, segundo o chefe de pesquisa, Bernardo Almeida, especialmente em carne e soja.
O peso do setor alimentício é de 70,2% da indústria mato-grossense. Mesmo dentro do segmento, há maior concentração: quase uma parte é semelhante à soja: 28,9% vem de resíduos provenientes da extração de óleo de soja e 19% do óleo de soja bruto – e apenas cerca de 40% vem da carne bovina – 19,5% congelada e 18,2% nova e resfriada. São segmentos dentro do perfil do agronegócio do Estado.
“Mato Grosso se destaca pelo avanço do setor alimentício. Como o Estado tem uma indústria um pouco diversificada, muito concentrada no setor alimentício, isso pode trazer muita expansão na indústria”, diz Almeida.
Fonte: Valor Econômico.