A história do povo Uru-Eu-Wau-Wau, imortalizada no documentário “O Território”, decolou novamente. O filme foi exibido no Festival Internacional de Documentários de Copenhague (CPH). Dox) essa semana. A produção ganhou duas categorias no Festival de Cinema de Sundance.
Após a exibição do documentário, o cineasta Alex Pritz, o ativista Bitate Uru-Eu-Wau-Wau e a ambientalista Luiza Rabelo, da Consultoria Internacional Forrest, participaram de um debate sobre a situação dos povos indígenas na Amazônia.
A ativista Ivaneide Bandeira, que acompanhou o evento, postou nas redes sociais o momento em que a indígena Tangãe Uru-Eu-Wau-Wau falou sobre sua experiência como cinegrafista no filme.
“Isso é muito porque marca, principalmente para nós, os povos indígenas”, disse Tangãe.
O documentário foi filmado basicamente em Rondônia, com a participação de cineastas locais. Quem está ajudando a traçar a linha narrativa é Bitaté, o jovem Uru-Eu-Wau-Wau e a indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha. Destes, “O Territorio” se apropria da linguagem artística e audiovisual para denunciar o desmatamento, invasões de terras, incêndios e perseguições.
Uru-Eu-Wau-WauO território de Uru-Eu-Wau-Wau cruza pelo menos 12 dos 52 municípios de Rondônia. É o lar dos povos indígenas, adicionando povos não contatados. Entre as principais ameaças relatadas estão: desmatamento, incêndios e movimentação de grileiros de terras, segundo artigo do Instituto Socioambiental (ISA). * de Thaís Nauara, do Grupo Rede Amazônica.