Com um volume gigante de água, as Bacias de Cunha (SP) são a fonte da Mata Atlântica

A gigantesca quantidade de chuvas aliada à baixa evaporação faz com que o volume de água nas bacias ultrapasse a média anual do estado. Foto: Patrícia do Prado Oliveira/USP imagens.

As 3 bacias hidrográficas de Cunha, no interior de São Paulo, possuem um admirável abastecimento de água, com volume médio de água da chuva significativamente superior à média do estado de São Paulo. Enquanto chove a uma média anual de 1960 milímetros na região, no estado, a média de chuvas é de cerca de 1502 milímetros consistente com o ano. Essa precipitação máxima, combinada com a baixa evapotranspiração da floresta, proporciona às bacias uma produção gigante de água. A análise, publicada nesta quarta-feira (30), na Revista do Instituto Florestal, é feita por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) que mediram o balanço hídrico de 3 bacias hidrográficas da Mata Atlântica, no Parque Estadual da Serra do Mar.

Estudos lançam luz sobre a quantidade de água que entra nas bacias através da chuva e quanto sai através da evapotranspiração vegetal e do escoamento do riacho da estação: havia 1960 milímetros de precipitação anual média, 1432 milímetros de escoamento e 460 a 606 milímetros de evapotranspiração. Esta é a maior já feita na Mata Atlântica brasileira, que acompanhou as 3 bacias (A, B e D) por 20, 26 e 30 anos, respectivamente.

Com essa análise de longo prazo, os pesquisadores observaram que, apesar das flutuações anuais dos dados, a média anual de chuvas nas bacias de Cunha é maior do que a descoberta por meio de outros estudos na mesma região e até mesmo o do estado de São Paulo, que mede 1502 mm. “Quando os estudos começaram em Cunha, na década de 1980, praticamente nada se sabia sobre a hidrologia das micro-bacias no bioma Mata Atlântica. todos os dados recebidos nas bacias A, B e D são novos”, diz Maurício Ranzini, um dos autores do estudo.

O volume de escoamento descoberto também é maior do que o observado em outras bacias da Mata Atlântica, enquanto a evapotranspiração está entre as mais baixas já observadas em outros estudos de florestas tropicais. Tais informações, acrescenta o pesquisador, são vitais para entender o papel que as florestas tropicais, como a Mata Atlântica, desempenham na regulação dos níveis de água dos rios, especialmente porque a corrente que flui das microboinas estudadas está ajudando a alimentar o Rio Paraibuna, um dos precursores do Rio Paraíba do Sul. Por sua vez, a Paraíba do Sul materializa milhões de outras pessoas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

O conhecimento do equilíbrio hídrico pode ajudar a perceber os ajustes que possivelmente ocorreriam nesses ecossistemas e a expandir as respostas a possíveis problemas de controle de bacias hidrográficas. Nesse sentido, eles podem orientar políticas públicas para a preservação desses ambientes. “as bacias hidrográficas do Domínio do Laboratório de Hidrologia Florestal Walter Emmerich (LHFWE) são uma fonte vital de água e, como tal, precisarão ser preservadas”, disse Ranzini.

O LHFWE, onde estão localizadas as bacias hidrográficas, é um componente do Bioma Mata Atlântica. Este ecossistema está localizado ao longo do litoral, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, constituindo uma floresta tropical, com clima quente e úmido. A vegetação densa tem sido enormemente devastada desde o início da colonização brasileira. Atualmente, apenas algumas seções permanecem nas encostas das montanhas. O Parque Estadual da Serra do Mar, onde está localizado o laboratório, representa o maior componente sem escalas preservado da Mata Atlântica do Brasil, com 332 mil hectares.

Fonte: Agência Bori

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