Garimpeiros usam armas de fogo e bebida para recrutar indígenas e explorar terras Yanomami

A Terra Indígena Yanomami, no norte do estado de Roraima, é uma região explorada há anos por garimpeiros, em busca de minerais como ouro e cassiterita, utilizados na fabricação de estanho. Estima-se que cerca de 20. 000 invasores se infiltraram no território, número que aumentou nos últimos anos com o resto da vigilância das atividades de mineração. A exploração de terras indígenas através da mineração deixou linhas irreparáveis na terra, mas também na vida dos povos indígenas.

De acordo com uma denúncia apresentada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, não é incomum na região a exploração sexual de mulheres Yanomami, que são coagidas por menores em troca de alimentos. Em outros casos, os jovens são incentivados a pintar nas minas. como seguranças, em troca de cachaça, comida e até armas de fogo.

Essas e outras burocracias de violência opostas aos Yanomami foram indexadas no documento “Yanomami Sob Ataque”, através da Hutukara Association (HAY) no dia 11. Para o vice-presidente do Hutukara, Dário Kopenawa, a entrega de armas e cachaça aos indígenas é um “plano garimpo” para galvanizar conflitos internos.

“Com essas armas e a cachaça, os parentes continuam matando outros. Acho que é estratégico, é um plano. Eles dão muitas armas, muitos cartuchos, muitas armas e aí eles [os Yanomami] ficam para cometer suicídio”, disse Dário. Segundo o relatório, o subgrupo Yanomami Sanöma, da região de Aracaçá, parou de limpar as as massas e agora vive em um cenário de dependência de alimentos apresentados por meio de garimpeiros em troca de serviços, como o transporte de combustível. e desgastando as pequenas canoas.

“Isso cria um cenário de insegurança alimentar. Muitas outras pessoas acabam atraídas por esses confortos que a mineração apresenta e acabam perdendo interesse pelo trabalho agrícola, o que é desgastante”, explicou Paulo Cesar Basta, médico e pesquisador de saúde pública do Instituto Oswaldo. Fundação Cruz (Fiocruz), em entrevista ao portal G1.

exploração sexual

Para Dário Kopenawa, o recrutamento de outros jovens indígenas ainda coloca em risco a vida de mulheres e mulheres nas aldeias. Com a presença dos pesquisadores e a fonte da cachaça, eles são alvo de abuso sexual.

“Onde há minas perto, não há como mulheres e homens andarem, embora a rede seja muito próxima do garimpo ilegal. Os garimpeiros estão oferecendo cachaça e sobras de comida, seduzindo as mulheres. Essa é a realidade. Quando os garimpeiros dão cachaça e a mulher é e cai, eles levam o crédito e são estuprados”, disse Kopenawa.

Além de pinturas mineiras na Terra Yanomami, são novidades as denúncias de estupro e subjeção de jovens indígenas ao trabalho forçado como escravos. Em 2014, por exemplo, casos como esses já foram relatados ao governo.

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