O preço por litro de gasolina no Brasil é cerca de 15% maior que a média de 170 países, segundo pesquisa realizada no site da consultoria Global Petrol Price, com dados de segunda-feira da semana passada (11).
Na época, o litro do combustível nos postos brasileiros cobra R$ 7. 192, preço cobrado por meio da consultoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo) até essa data – ultimamente é de R$ 7,22. A média mundial é de R$6,29.
No valor médio de 3 de janeiro a 11 de abril, o custo foi de R$ 6,78 no Brasil. Entre os pontos que marcam a evolução do valor do ponto no país está o megaajusto anunciado pela Petrobras no início de março, após a invasão russa da Ucrânia ter ajudado a aumentar o valor do petróleo e a valorização do petróleo genuíno este ano.
A pesquisa compara os preços locais, reportados por agências governamentais, alterados para dólares. Os valores foram então alterados para reais na taxa de câmbio de R$ 4,6915.
De acordo com os dados mais recentes, o Brasil ocupa a 118ª posição na lista dos 170 países classificados de menor a maior valor. Olhando para a lista de um ângulo, o Brasil estaria na 53ª posição entre os países onde o gás é mais caro. .
Os números levam em conta o preço final para o consumidor, em combinação com impostos, preços logísticos e, em alguns casos, subsídios aos combustíveis.
Embora o valor da bomba no mercado interno esteja acima da média mundial na data analisada, isso significa que os valores aqui serão necessariamente revistos.
A política de preços da Petrobras segue as cotações das refinarias de petróleo da região como a opção de origem mais produtiva para o mercado brasileiro, o Golfo do México, que concentra grande parte da capacidade de refino dos EUA. EUA A taxa de câmbio e os preços de importação do produto também são tomados. em conta.
De acordo com esse conceito, o preço no Brasil está fora de sintonia com a paridade externa. Segundo cálculo da Abicom (associação de importadores de combustíveis), com conhecimento da última segunda-feira (18), o preço do gás no Brasil é 6% menor que o da referência no exterior, o de R$ 0,24 consistente com o litro.
“Apesar da ligeira queda na taxa de câmbio e dos custos de referência para gás e diesel no mercado externo, as defasagens permaneceram em relação ao normal, o que invia as operações de importação”, disse a Abicom.
O Brasil está entre os dez maiores produtores, mas a capacidade de refino não atende à demanda nacional, levando à necessidade de importação de até 20% do consumo local.
Os dados da Global Petrol Prices também mostram que o Brasil possui uma das maiores taxas de gastos com o combustível em relação ao nível de renda, de 4,8%, ao lado de países da África e da América Central. Considerando o custo de encher um tanque de 40 litros, ele equivale a 10,8% da renda média mensal do brasileiro. Os números são praticamente o dobro do verificado, por exemplo, na Argentina.
De acordo com o Global Petrol Prices, em geral, países mais ricos têm preços mais altos. Com exceção dos Estados Unidos, onde o preço médio (R$ 5,59) é quase a metade do praticado na Europa e está em linha com o valor do México (R$ 5,476), por exemplo.
Países mais pobres, produtores de petróleo e exportadores costumam ter preços consideravelmente mais baixos, segundo a consultoria. Alguns produtores europeus, no entanto, adotam políticas de tributação mais elevada para combustíveis fósseis, de modo a desestimular o consumo ou formar uma reserva de recursos para outras políticas públicas. É o caso da Noruega, que tem o quarto maior preço (R$ 11,336 por litro).
Há ainda grandes produtores que praticam preços extremamente baixos, como a Venezuela (R$ 0,117 por litro), que tem a gasolina mais barata do mundo. Também estão abaixo da média global os preços na Rússia e Arábia Saudita (ambos com R$ 2,915 por litro).
O preço na bomba no Brasil está próximo ao de outras grandes economias emergentes, como a China, outro grande produtor, e a Índia -todos ao redor dos R$ 7,00 por litro.
O aumento dos combustíveis é uma das principais considerações do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que já pressionou pela isenção total do PIS/Cofins sobre diesel, combustível de cozinha e querosene de aviação. Os governadores também congelaram, desde o ano passado, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre esses produtos.
De acordo com uma pesquisa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), pelo menos 29 países introduziram medidas para amortecer o efeito dos altos custos do petróleo sobre esses custos. Neste ano, a Petrobras promoveu dois reajustes de combustível, em 12 de janeiro. e 10 de março.
No início de abril, a estatal reduziu o preço do gás de cozinha, levando em conta aspectos como a taxa de câmbio e o preço no exterior, que substituíram a paridade. (Folhapress)