O Portal Amazônia responde: qual é a diferença entre os termos índio, indígena e indigenista?

Você provavelmente já testemunhou ou até experimentou esta cena: jovens saindo da escola com seus rostos pintados, penas em suas cabeças, e desenhos semelhantes a 19 de abril. A data estabelecida no Brasil como “Dia do Índio” para dar visibilidade às lutas de uma população que sofreu esquecimento e esquecimento desde o início da história da atual formação do país, em 1500.

No entanto, a discriminação que persiste sobre os estilos de vida dos povos indígenas se reflete em termos e ações, para muitos, não incomuns na vida cotidiana. Começando com o uso da palavra “índio” várias vezes com uma conotação pejorativa e sendo substituído pelo termo “indígena”, que significa “aquele que está diante dos outros” e é usado como uma definição mais justa para designar a diversidade dos povos indígenas.

Além da discussão desses termos, há também o “indigenista”. Mas no final das contas, o que é índio, indígena e indigenista?

Em geral, a palavra “índio” está quase popularmente relacionada à preguiça, outra pessoa social, tecnológica e culturalmente atrasada no tempo, até mesmo à selvageria. Isso se deve ao procedimento de discriminação e também ao apagamento da identidade indígena desde a colonização estrangeira em território brasileiro.

O termo, além de ser utilizado de forma pejorativa, é até incoerente, pois generaliza etnias tão variadas e plurais. nativo, do que na posição diante de todos os outros.

Mesmo nos dicionários, a palavra indígena refere-se a “parente ou indivíduo pertencente a um dos povos que já habitavam as Américas em um período anterior à sua colonização pelos europeus”.

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E o termo “indigenista”? Ele é o indivíduo que participa ativamente de movimentos em prol dos povos indígenas e promove a defesa dos direitos garantidos para a cobertura desses povos, mesmo que sejam indígenas.

Embora o Brasil seja um dos países com uma maravilhosa diversidade de etnias indígenas que ocupam todo o território e especificamente a Amazônia, a data nasceu no México, em 1940, devido aos protestos dos povos indígenas no continente americano e à próxima realização de um Congresso que debateu medidas para proteger esses povos.

Algumas medidas foram definidas, acrescentando o “Dia da Índia Americana” em 19 de abril. No entanto, só em 1943, o presidente Getúlio Vargas estabelece a data comemorativa no Brasil e a chama de “Dia do Índio”.

Um dos culpados pela condenação de Vargas, o general Mariscal Rondón, que de origem indígena e fundador, no início do século passado, do Serviço de Proteção ao Índio (hoje Fundação Nacional dos Índios-Funai).

“Indian Day” está cheio de estereótipos em espaços de educação de sabedoria. Usuário indígena e pós-doutorando em linguística Daniel Munduruku é conhecido nacionalmente por argumentar que é para atualizar e substituir a chamada usada na data pelo “Dia da Diversidade Indígena”.

A nova nomenclatura iria além da representação de um feriado nacional, mas refletiria a importância da diversidade dos povos indígenas, uma vez que no Brasil existem 305 etnias de acordo com o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja o uso dos termos de Daniel Munduruku:

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