Aumenta o número de recuperação judicial no Brasil

O país registrou expansão de 12,8% nos pedidos; micro e pequenas empresas no topo da lista

O Brasil registrou expansão de 12,8% nos pedidos de recuperação judicial. Em março, o Indicador de Falências e Reorganização da Serasa Experian mostrou que o setor de serviços é o mais sensível às reclamações. Em relação à duração das empresas, as micro e pequenas empresas continuam sendo as mais sensíveis dos pedidos de administração judicial seguidos pelas empresas de médio porte. O CEO da Quist Investimentos, Douglas Duek, discute a situação ainda mais difícil em 2022. “Se eu não pudesse pagar minhas dívidas, ser um produtor rural, porque a gente disse que o agronegócio está crescendo, e como o cara pediu essa recuperação?Atendemos um produto por uma semana que não pode pagar suas despesas porque a dívida, os mesmos juros, é seis vezes maior e é indexada ao serviço no CDI, na Selic, e os insumos são muito altos, o dólar subiu, agora com a falta de materiais na guerra que veio da Rússia, A Bielorrússia e o próprio Ukraine Array estão pedindo um diagnóstico do que fazer neste momento de estrangulamento monetário e diagnosticamos a recuperação judicial em vários casos”, diz ele.

Duek diz que muitos têm lutado para permanecer na pandemia, mas a cadeia de variáveis econômicas negativas está agora em ordem. “Sou empresário, a pandemia estourou, tem algum dinheiro, peguei uma reserva, vendi um espaço na praia, vendi um barco e entrei no meu negócio. Talvez agora que os juros sejam mais caros e eu ainda estou usando os efeitos da pandemia, eu não tenho para onde ir. Então agora eu vou sentar e renegociar. Foi o que vi no site com corporações, o cara que é mais rigoroso, por exemplo, atendemos muitas corporações no setor varejista, que tinha uma cadeia de pontos de venda, pontos de venda em shoppingcenters, que a loja fechou por 90 dias. O shopping renegociou, mas não concedeu perdão da dívida”, disse.

*Com o jornalista Marcelo Mattos

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