Pãozinho será mais brasileiro nos próximos anos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bagel deverá se tornar mais brasileira nos próximos anos. A guerra na Ucrânia mostrou a necessidade do país de reconsiderar certas atividades agrícolas, adicionando trigo.

O Brasil foi duramente atingido em dois aspectos da dependência externa do agronegócio: fertilizantes e trigo.

No caso do primeiro, as importações vêm de um dos países envolvidos no conflito, que é a Rússia. Quanto ao trigo, a Ucrânia e a Rússia são os principais exportadores mundiais de cereais.

Embora ambos tenham importância direta no volume de trigo importado pelo Brasil, o país está sofrendo os efeitos da escalada dos preços externos.

A produção nacional deste ano deve atingir 7,9 milhões de toneladas, com entrada de 12,7 milhões. Daí a necessidade de importar 6,5 milhões de toneladas. Grande parte estará nos níveis de valor existentes, que são 35% maiores do que há um ano.

Uma das respostas é a tropicalização do trigo, desafio que a Embrapa vem enfrentando há vários anos. O trigo deve seguir na esteira da soja e do milho. E está começando a acontecer. Os experimentos já implicam produtividade inteligente do cereal mesmo em Roraima.

No final da década de 1970, pelo menos 87% do domínio da soja estava concentrado nos 3 estados do Sul. Em 2000, após o aumento das taxas adaptadas ao cerrado brasileiro, esse percentual caiu para 43%. Ultimamente está em 31%.

Também no final da década de 1970, o Sul culpou 42% do domínio plantado de milho. Atualmente, restam apenas 20%. Esses produtos ganharam novos domínios, novas tecnologias e liquidez interna e externa.

Esse é o caminho que o trigo segue, segundo Celso Moretti, presidente da Embrapa. Na década de 1970, o domínio do trigo no Brasil se concentrou no Sul, que representou 93% do domínio dedicado a essa cultura. Cinco décadas depois, o Sul ainda possui 90% do domínio semeado de trigo.

Na opinião do presidente da Embrapa, é necessária uma tropicalização do produto, como aconteceu com a soja e o milho. E a guerra na Ucrânia despertou essa falta.

O avanço geracional permitiu que esses produtos chegassem a novas regiões, e o país deixou de ser importador de alimentos para autossuficiência e até mesmo se tornar um dos principais exportadores mundiais.

O trigo pode seguir o mesmo caminho, e em uma década o país será autossuficiente e exportador. Nas contas da Embrapa, a produção nacional mal pode chegar a 14,7 milhões de toneladas em dez anos.

O centro do Brasil dá a opção de desenvolver trigo em dois milhões de hectares, em um domínio já consolidado e ao qual quer incorporar terras inexploradas.

O domínio nacional a ser cultivado este ano deverá ser de cerca de 3 milhões de hectares. “O Brasil tem geração para aumentar a produção e quer importar trigo. O papel da Embrapa é oferecer soluções”, explica o presidente da empresa.

É claro, segundo Moretti, que, assim como a soja e o milho, o país quer ampliar a infraestrutura para essa safra. Além do crédito, serão necessários investimentos no setor de fresagem, que está concentrado no centro-sul e no litoral. Ele acredita nessa evolução. ” A guerra piorou o desafio”, disse ele.

Jorge Lemainski, diretor administrativo da Embrapa Tripass, em Passo Fundo (RS), diz que situações exigentes ainda são grandes. Eles passam pelo manuseio, definindo a densidade das mudas e o tempo certo.

Além disso, é importante combater a piriculariase, uma das principais doenças do trigo na região, e a busca por cultivares que se adaptem ao estresse hídrico.

Lemainski diz que o cerrado tem chance de sucesso em 280 mil hectares de terra já plantadas nesta plantação. Segundo ele, o trigo começa a ganhar dinheiro, o que é muito bom para os produtores.

A demanda está se desenvolvendo em 3 direções principais. Além das necessidades humanas, há um acúmulo no plantio de trigo para ração animal, além de uma evolução das exportações.

Nos três primeiros meses deste ano, as vendas de trigo somaram 2,21 milhões de toneladas, um aumento de 289% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações caíram para 1,53 milhão de toneladas na época, uma queda de 17%.

Segundo dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nesta quinta-feira (7), o Rio Grande do Sul, ao exportar 1,97 milhão de toneladas, liderou as vendas para o exterior. Esse volume é 247% maior do que no mesmo período do ano passado.

Para Osvaldo Vieira, analista da Embrapa Trigo, a liquidez que o cereal deve ter é muito vital para o produtor. Ele pressionou a importância do cultivo de trigo no Nordeste.

A produção do Maranhão, saindo pelo porto do Itaqui, seria muito competitiva no norte da África. O produto brasileiro ganharia importância em mercados gigantes, como Argélia, Marrocos e Egito.

Uma novidade é a chegada do trigo em Roraima. As primeiras medidas consistentes animaram os fabricantes e pesquisadores da Embrapa. A produtividade do Estado atingiu consistentes 3. 000 kg por hectare. A média brasileira é de 2. 748 kg.

Edvan Alves Chagas, líder geral da Embrapa Roraima, afirma que o plantio de trigo apresenta situações exigentes no estado, devido à baixa altitude e latitude e ao clima seco, mas são muitas.

O cronograma de plantio de Roraima é o dos Estados Unidos. O plantio de soja ocorre de abril a maio e colheita de agosto a outubro. Depois vem a soja safrinha.

Os produtores não respeitaram o espaço lento, já que a ferrugem da soja chega à região.

O trigo, além de ser uma nova opção, quebra o ciclo de doenças da soja, facilita a remoção de plantas daninhas e nematoides e aumenta o volume de palha no solo.

Pesquisadores da Embrapa descobriram que, devido à luz, o ciclo de produção de trigo é muito mais rápido em Roraima. Enquanto no Sul alguns tipos levam 120 dias para se desenvolverem plenamente, no estado eles levam apenas 66 dias.

Com isso, os produtores podem fazer até duas culturas de trigo após a eliminação da soja do campo.

Os primeiros níveis constantes já indicaram uma produção máxima, mas esse volume pode chegar a 5. 000 kg por hectare, estima Chagas, com controle inteligente e avanços na pesquisa.

Espera-se que a adaptação do trigo para Roraima acompanhe a trajetória da soja e do arroz. Isso, quando o plantio começou no estado, teve uma produtividade pluviométrica de 3. 000 kg consistente por hectare. Hoje são 6. 000. La irrigados chega a 15 mil kg.

A soja, cuja produção atual é de 65 a 70 sacas consistentes por hectare, triplicou sua produtividade nos últimos anos. Diante dessas adaptações, o chefe da Embrapa em Roraima diz que a evolução do trigo será nos próximos anos.

Não há escassez de terra e sementes no estado. O domínio do cerrado atinge um milhão de hectares, destinados à soja, arroz, milho e trigo. No caso das sementes, são utilizadas as BRS 264 e BRS 394 da Embrapa.

Como aconteceu no Centro-Oeste com o avanço da soja, Roraima não tem toda a infraestrutura para o avanço do setor de trigo. O produto deve ser enviado para Manaus, a 750 km de distância, onde está localizada a fábrica mais próxima.

Chagas argumenta, no entanto, que muitos dos caminhões que transportam os produtos para o Estado podem ser uma rota de fuga para gerar o trigo. Só o arroz já tem uma corrente inteira no estado. A soja terá agora o primeiro moedor da região.

“Temos confiança, ainda temos muito o que fazer”, diz ele.

Quando essa expansão do trigo para os estados do Centro-Oeste, Nordeste e Norte for efetivamente confirmada, a sede da Embrapa Trigo em Passo Fundo (RS), principal região do trigo, também deve ser tropicalizada.

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