Advogado do autor da GAS Consultoria é assassinado no Rio de Janeiro

O advogado Carlos Daniel Dias André foi assassinado nesta terça-feira (31) em Niterói (RJ). Defendeu Daniel Aleixo Guimarães, braço direito de Glaidson Acácio dos Santos, autor do “Faraó Bitcoin”, da Gas Consultoria. Aleixo Guimarães também é um dos réus acusados de ser culpado pelo assassinato de um dos concorrentes de Glaidson, chamado Wesley Pessano.

A morte de Dias André foi noticiada pelo jornal O Globo. Segundo o jornal, um sujeito em uma motocicleta ultrapassou o carro onde o advogado viajava com o filho e disparou dois tiros em uma esquina da comunidade Piratininga, na cidade de Niterói.

Aleixo Guimarães, para quem Dias André atuou como advogado, é um dos 11 acusados no assassinato de Wesley Pessano. Em julho de 2021, Pessano foi morto a tiros dentro de um carro Da Porsche, avaliado em R$ 400 mil. O tribunal aceitou o pedido do Ministério Público e passou a investigar outras 11 pessoas como culpadas da ordem de assassinato.

A organização seria liderada pelo faraó de Bitcoin Glaidson Acácio dos Santos, autor da GAS Consultoria. A Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que o faraó ordenou a morte de Pessano em uma estratégia para eliminar sua concorrência, atraindo investidores para as pirâmides cambiais que proliferaram na região dos Lagos. do Rio de Janeiro e que tinha como isca bitcoin e criptomoedas como um elemento não incomum.

O jornal O Globo também informou que Dias André em defesa do cantor Belo, que enfrenta vários embates com a justiça.

Conforme noticiado pelo portal G1, nesta sexta-feira (27), Glaidson, Guimarães e dez réus na morte de Pessano compareceram a uma audiência no Fórum de São Pedro da Aldeia, na região dos Lagos do Rio, para depor sobre o assassinato.

O jornal O Globo afirma que Dias André tem um passado turbulento. Antes de contratar um advogado, ele era membro da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Como policial, em julho de 2011, ele prendeu através da Polícia Federal por escoltar bandidos em fuga. Ele é um dos culpados pelo sequestro do traficante em Morro de São Carlos, na época, Anderson Rosa Mendonça, conhecido como Coelho. , e, na Rocinha, Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe.

Em seguida, em 2012, foi condenado a 12 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, posse ilegal ou porte limitado de arma de fogo e favoritismo não público.

Dias André cumpriu sua pena, formou-se em direito ainda na prisão e passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil em 2015. Ele então começou a praticar direito.

Em agosto de 2021, a Polícia Federal apresentou a Operação Kryptos, para investigar as fraudes milionárias implementadas por meio da Glaidson Acácio dos Santos GAS Consultoria. A empresa de investimento prometeu uma fonte de renda que supostamente viria da negociação de criptomoedas.

Durante a operação, o governo apreendeu 591 bitcoins detidos por Glaidson, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em dinheiro.

Desde a prisão de Glaidson, sua defesa já enviou pedidos de habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Todas as decisões, até agora, rejeitaram as alegações, argumentando que não há ilegalidade na prisão preventiva de Glaidson.

As investigações mostraram que ele planejava fugir do Brasil antes de sua prisão e que, mesmo após sua prisão, o sistema penal continuou operando.

Atualmente, o chefe da CONSULTORIA GAS é acusado de lavagem de dinheiro, crimes contra a fórmula monetária nacional e participação em organização criminosa.

Glaidson Acácio dos Santos também é acusado de tentativa de homicídio. O autor da GAS Consultoria é acusado de ordenar o assassinato de Nilson Alves da Silva em março de 2021. Silva ficou gravemente ferido, mas sobreviveu.

Conforme observado em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Nilson relatou na cidade de Cabo Frio (RJ) que o dono do GAS seria preso e que motivou Glaidson a ordenar seu assassinato.

Ambos eram concorrentes no mercado de captação de recursos com a alegação de que investiriam em criptomoedas. “Nilsinho”, como a vítima é conhecida, teria dito a outras pessoas para pegarem o dinheiro da consultoria de combustível e entregá-lo a ele.

O ataque ocorreu em 20 de março deste ano, quando um carro parou ao lado do veículo de Nilson em um semáforo. Os 4 homens supostamente contratados através do “Faraó” dispararam seis tiros. Nilson foi baleado e cego e paraplégico por causa do ataque.

Uma reportagem do portal G1 indica que a polícia já tem os nomes dos autores do crime: Rodrigo Silva Moreira, Fabio Natan do Nascimento (FB), Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gregório.

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