um pouco de nebulosidade
Brasília DF
A edição deste ano dos Jogos Mundiais Escolares, também conhecido como Gymnasiade, realizado no mês passado, teve novidades. A ocasião, realizada na Normandia (França), sediou, pela primeira vez, situações exigentes para atletas com deficiência. A equipe paralímpica brasileira conquistou 39 medalhas e ficou no pódio nas três modalidades (atletismo, natação e judô).
Maior delegação paraesportiva do evento, com 27 representantes (quase um terço do total), o Brasil fez jus ao favoritismo com 16 medalhas de ouro, 15 de prata e 8 de bronze. Não há mesa de medalhas expressa. Se assim for, os brasileiros estariam na liderança em geral e por modalidade. Vale lembrar que o país teve a maior equipe da Ginástica, com 230 alunos-atletas no total.
“A participação de atletas paralímpicos brasileiros no Gymnasiade é excelente. Para nós, a inclusão dos esportes paralímpicos no evento é incrivelmente importante. Tenho certeza de que essa integração tem sido uma experiência de aprendizado exclusiva para atletas olímpicos e paraolímpicos”, disse Jonas Freire, diretor de Alto Desempenho do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), à Agência Brasil.
Pela primeira vez, os paragames gymnasiade reuniram 84 dos quase 3. 400 atletas com idades entre 16 e 18 anos que participaram do evento e envolveram 8 das 63 nações oferecidas na Normandia. O Brasil teve mais competição em um jogo individual (atletismo e natação, com 12 atletas cada) do que toda a equipe paralímpica francesa (11), que sediou os Jogos. Além dos brasileiros, os turcos participaram dos três jogos.
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Na natação e atletismo, as rodadas tiveram que ser multiclasse, com pódios explicados por meio de uma pontuação levando em conta o tempo ou marca e funcionalidade do atleta de acordo com seu grau de comprometimento. Em outras palavras: competição com esforço físico. -Deficiências visuais e intelectuais lutaram entre si por medalhas. No caso específico do atletismo, o departamento se baseia no tipo de disputa: salto em distância, corrida (100 e 400 metros) e média distância (1. 500 e 3. 000 metros). A ocasião em que o jovem usuário recebe mais problemas contará para o ranking final.
Por exemplo, o brasileiro José Alexandre Martins da Costa, na elegância T47 (amputação de um dos membros superiores), conquistou 1. 167 pontos por sua funcionalidade nos cem metros e 1. 144 nos 400 metros. A primeira, a maior pontuação, ganhou a medalha de ouro para os velocistas homens. O francês Thebaut Evan, de T12 (baixa visão), marcou 861 pontos nos 100 m e 959 nos 400 m. O resultado do momento foi levado em conta: ocupava a 7ª posição.
O judô, por outro lado, teve apenas seis inscrições (três do Brasil) em cinco pesos. Na prática, houve apenas uma disputa pelas medalhas, com a espanhola Maria Manzanero vencendo a brasileira Larissa Barros de Oliveira, 16. anos (dois a menos que o rival), na categoria de até 57 quilos. No último dia, uma clínica foi realizada com a judoca francesa Gevrise Emane, tricampeã mundial e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 (Reino Unido), na categoria 63 kg.
Apesar das adaptações, a ocasião permitiu que muitos dos jovens que participassem competissem pela primeira vez fora de casa. Foi o caso de Gabriel Guimarães, de 16 anos, levado ao jogo adaptado na Escola Paralímpica do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e, por fim, o 6º tempo mais produtivo do país em mais de cem metros na categoria T12. Na França, foi o terceiro colocado nos velocistas José Alexandre e também o brasileiro Leandro de Oliveira Viana, na categoria T20 (deficiência intelectual).
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“A festa no Gymnasiade foi muito incrível, diferente. Descobri novos países e culturas. Os efeitos foram contados de forma diferente, eles me deram o bronze, mas eu provei como ouro, por todas as pinturas feitas e pela determinação de todos, como meu guia, Célio Miguel, meus pais e minha família. [Gymnasiade] tem sido muito vital para a minha expansão como atleta”, disse Gabriel à Agência Brasil.
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