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Tenente Portela – RS
Para o fim da pandemia COVID-19, é necessário mais investimentos em estudos e vacinas, bem como uma distribuição mais equitativa de vacinadores entre os países. A opinião é do estudioso Júlio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Mato Grosso do Sul e membro do Observatório Covid-19.
Croda explica que a ciência ainda não foi capaz de responder a todas as questões relacionadas à vacinação contra a doença, adicionando a duração da imunidade contra a forma mais grave de covid-19. Segundo ele, o conhecimento implica que o tempo da dose de reforço, ou a quarta dose, adiciona proporcionalmente menos cobertura do que a 3ª dose da vacina.
“A terceira dose, se gera uma resposta imune muito poderosa fisicamente, gera uma cobertura mais duradoura no momento. Mas a quarta dose não gera proporcionalmente essa resposta. Portanto, não há uma recuperação tão intensa comparando o 3º no momento e o quarto ao 3. Então queremos ver como será a cobertura vacinal no futuro. “
Para isso, lembre-se que teremos que continuar investindo na progressão de vacinas e tratamentos.
“Temos, por exemplo, dentro da Fiocruz, pesquisadores que estão trabalhando com uma vacina de spray nasal, que é super vital quando você pensa em cortar a transmissão, dando mais uma reação imune da mucosa, que é super vital nesse contexto e mais durável. Mas há um desinvestimento na ciência e este estudo ainda não passou para a fase 1, 2, 3, por falta de dinheiro. E é preciso muito dinheiro para fazer um produto nacional como este. “
A pesquisadora participou, nesta manhã (2), do webinar da pandemia Covid-19 no Brasil – testes e desafios, promovidos através do Observatório Covid-19 na 122ª aniversário da Fiocruz. Julio Croda diz que o mundo e o Brasil estão “claramente” experimentando uma nova onda de covid-19, que possivelmente teria sido produzida pelo resto das medidas restritivas e também pelo aparecimento de novas variantes do vírus Sars-Cov-2.
“Podemos já ter BA4 e BA5 e estamos experimentando uma onda semelhante ao que aconteceu na África do Sul, com aumento de casos, mas com menor impacto nas internações e mortes. Então queremos perceber que temos uma vacina que protege parcialmente contra doença sintomática, que tem uma duração muito curta de cobertura para doença assintomática. “
Ele argumentou que mais vacinas terão que ser trazidas para o continente africano, a região que mais está atrasada em termos de vacinação contra o Covid-19.
O pesquisador alerta que ainda é obrigatório diante dos sinais epidemiológicos prever o fim da pandemia porque, apesar de a letalidade da doença ter diminuído, os números ainda são muito altos, com cerca de cem óbitos proporcionais ao dia no Brasil, ou 3. 000 consistentes com o mês, número que, segundo ele, equivalente a mortes por gripe em um ano.
Globalmente, o pesquisador relata que já houve cerca de 14. 000 mortes diárias por covid-9 e, atualmente, os dados indicam cerca de 2. 000.
No webinar, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que as respostas da ciência à pandemia foram dadas “em pouco tempo”, como ela disse, mas vêm de uma longa história de investimento em pesquisa.
O pesquisador Carlos Freitas, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), destacou que o Observatório Covid-19 entrou em operação em abril de 2020, menos de um mês após o Brasil anunciar a situação pandêmica. Segundo ele, foram publicados esses dois anos de trabalho, 400 documentos e 70 comunicados, além de 89 eventos virtuais, que combinaram dados de conteúdo clínico e estratégias de comunicação.
A pesquisadora Margareth Dalcomo, também da ENSP/Fiocruz, destacou que a gestão da pandemia deixou 3 legados vitais: a popularidade das instituições públicas de estudo na sociedade, a qualidade da produção clínica brasileira e o trabalho voluntário que tem atuado para minimizar as desigualdades intensificadas pelo Covid-19. 19 no país.
O pesquisador Fernando Bozza, do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Evandro Chagas (INI/Ficuz), apresentou conhecimentos de pinturas feitas com as populações das favelas do Rio de Janeiro, especificamente no Complexo da Maré. Segundo ele, após as ações da Fiocruz, foi possível determinar um aumento de 20% na detecção de casos de covid-19 na Maré e um alívio de 48% na mortalidade pela doença na região.
Ana Lúcia Pontes, pesquisadora da ESNP/Fiocruz, apresentou conhecimento sobre a vulnerabilidade dos povos indígenas à doença e os métodos de adaptação encontrados. Segundo ela, essas populações têm mais dificuldade em se adaptar a tratamentos mais complexos.
O pesquisador disse que o excesso de mortalidade por covid-19, ou seja, o número de pessoas que morreram acima da média antes da pandemia, 18% entre os não indígenas e chegou a 34% entre os indígenas brasileiros.
Segundo dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena – Sesai, até quinta-feira 373. 829. 000 outros indígenas haviam recebido a primeira dose da vacina covid-19, que corresponde a 91% da população indígena com mais de 18 anos atendidas por comunidades indígenas. Subsistema de saúde do SUS (Sasisus). Mais de 353 mil indígenas tomaram a dose instantânea (86% do total).
A pesquisadora Maria Helena Machado, também da ENSP/Fiocruz, detalhou dois levantamentos sobre as situações de carreira dos profissionais de fitness durante a pandemia. Segundo ela, houve uma expansão muito forte da precariedade e terceirização do trabalho, a eliminação de situações de carreira, o achatamento dos salários, falando do ponto de vista profissional, o acúmulo de trabalho e doenças intelectuais, além de milhares de mortes por covid-19.
O órgão brasileiro pediu ao Ministério da Saúde que se comunique sobre os movimentos para lidar com a pandemia e a saúde indígena e aguarda retorno.
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