A movimentação de embarques de alimentos aumentou 35,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021, segundo a 7ª edição do Relatório Vantagens – O Transporte Rodoviário de Cargas, criado por meio da plataforma Destinobras. Para a empresa, essa expansão mostra que o embarque de cereais e insumos é digitalizado.
O relatório foi baseado em 2,2 milhões de anúncios classificados de transporte registrados na plataforma entre janeiro e março, totalizando R$ 18 bilhões. O frete agroalimentado, que deslocou R$ 6,7 bilhões, representou 37,4% do total.
Os produtos agrícolas máximos transportados foram fertilizantes (23,4%), soja (13,2%), milho (12,7%), trigo (6,5%) e açúcar (4,3%). Os estados que concentram a atenção máxima do segmento são Rio Grande do Sul (15,7%), Mato Grosso (12,4%) e São Paulo (11,9%).
“O que temos detectado é que o agronegócio está cada vez mais digitalizado, com transportadoras independentes e plataformas online de caminhoneiros para realizar o transporte de cargas”, disse Bruno Hacad, diretor de operações para Veículos.
De acordo com o levantamento, o Rio Grande do Sul é o estado onde as buscas por embarques são mais digitalizadas. “O mais importante sobre a digitalização das rotas é a tensão da inflação nos custos de transporte, impulsionada basicamente pelo aumento do diesel. O mercado descobriu que a contratação de freelancers usando aplicativos de carregamento, como o nosso, gerou uma economia de 20 a 30% em comparação com a responsabilidade de uma frota”, disse Hacad.
No agronegócio, endereço com maior volume de mercadorias tratadas pela plataforma Destinobras, o bairro ficava entre os municípios de São Borja e Rio Grande, com 1. 453 cargueiros, e o maior produto transportado era o trigo. Em seguida vem o frete entre Primavera do Leste e Rondonópolis, seja no Mato Grosso, com 1. 196. Destacam-se também as conexões entre Tupanciretã (RS) e Rio Grande (RS), com 1. 107; São Luiz Gonzaga (RS) e Rio Grande (RS), 925 viagens; e Santa Rosa (RS) e Rio Grande (RS), com 904.
Movimento nos portos
O relatório freightebras também analisou a movimentação de cargas nos portos de Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Santos (SP), que juntos respondem por cerca de 25% de todas as mercadorias que entram e saem do Brasil. Neste caso, as análises abrangeram os dois primeiros meses.
Com maior volume de importação de fertilizantes pelo porto de Paranaguá, o Paraná tem sido o estado representativo máximo no embarque de insumos. No entanto, a participação relativa do Estado caiu 9,7 pontos percentuais na plataforma Destinobras, para 19,2%, em comparação com os dois primeiros meses do ano passado, quando foi de 28,9%.
Com essa queda acentuada, o início da investigação na nova edição do relatório e conheceu uma nova força no transporte de fertilizantes: Minas Gerais. Na mesma base de comparação, a participação do Estado no transporte de fertilizantes aumentou seis pontos percentuais, para 19%, quase em comparação com as do Paraná. O volume de frete de fertilizantes aumentou 63,2% nos dois primeiros meses.
Do lado da exportação, soja e trigo se destacaram no período. A oleosa foi o maior item transitado pelo porto do Paraná, com um acumulado de 130% na comparação anual. No terminal de Santos, o acumulado foi de 182% no período.
Os embarques para o Porto do Rio Grande tiveram um aumento maciço de 11. 289% nos dois primeiros meses de 2022. No total, foram 18. 627 fretes no período.
A base de usuários da Frequebras inclui 695. 000 caminhoneiros cadastrados e 18. 000 empresas subscritas. A carga na plataforma cobre 95% do território nacional.
Fonte: Valor Econômico.