PT admite ter demissão do Senado para chegar a acordo com PSD de Kalil em Minas

No âmbito do acordo entre o PT e o PSD em Minas Gerais, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do partido na Câmara, admitiu ao Estadão/Broadcast que poderia se retirar da candidatura ao Senado. O deputado aceitou o convite para coordenar a cruzada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Planalto e liderar as negociações em Minas. O maior impasse para a realização da aliança foi o vácuo no Senado na votação da maioria.

“Dei o projeto para coordenar a cruzada e realizar uma aliança, entregar a aliança Lula e Kalil (Alexandre Kalil, PSD) a Minas”, disse Reginald.

O PT defendeu a candidatura de Reginaldo, enquanto o PSD insistiu na reeleição do senador Alexandre Silveira. Com a saída do deputado, o caminho está aberto para Silveira.

Em troca do PTs pela candidatura de Kalil ao governo de Minas, Reginaldo disse que o PSD entregou o vice-presidente na votação majoritária. No entanto, segundo o deputado, a proposta de liberação de dois senadores para o desafio ainda persiste. Vice e eu temos que continuar dizendo que talvez só tenhamos dois senadores. Mas estamos em uma fase de diálogo. Há uma tendência de consolidar uma aliança”, disse Reginaldo.

Como mostra o Estado/Broadcast, uma das chamadas citadas para ocupar o cargo vago de vice-governador na lista de Kalil é a do deputado estadual André Quintão. Reginaldo ressaltou que a convocação ainda não foi discutida e será explicada pelo próprio PT. Depois que eu sair, estou comparando todas as possibilidades, mas ainda não houve nada”, acrescentou.

No Rio, o PT busca uma coligação com o PSB

No Rio de Janeiro, o PT pode firmar uma aliança com o PSB. Os pessebistas esperam que o PT renuncie à indicação ao Senado na votação de preços majoritários a favor da coligação, como é o caso de Minas Gerais. Em ambos os estados, a disputa pelo Congresso tem o maior impasse para o sistema eleitoral.

No Rio, o PT defende a nomeação do deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano, para o Senado, enquanto o PSB aposta no deputado federal Alessandro Molon. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) é o pré-candidato ao governo apoiado por meio de legendas.

“Mesmo em Minas, onde o pré-candidato do PT é viável, o PT entendeu que pode ceder a pensar na eleição nacional. Fonte semelhante ao PSB ao programa político”. Sem contar que em Minas, Lula já está na liderança nas intenções de voto, enquanto no Rio está empatado com o presidente Jair Bolsonaro. Então, ele quer uma plataforma forjada no Rio”, acrescentou.

Apesar da discrepância, Ceciliano disse à Emisión Político que o PSB tinha um acordo com o PT no estado e que o mantinha à disposição do partido na corrida pelo Congresso. Para ele, as realidades eleitorais em Minas e no Rio são “muito diferentes”.

“O cenário em Minas é muito diferente. O PSD não está na aliança nacional com o PT. Não vou deixar o Senado para o mesmo partido que está em aliança conosco”, disse ele. “Você quer expandir a plataforma e trazer coisas que você não tem. Se o Eduardo Paes (prefeito do Rio de Janeiro, do PSD) pedir a cadeira no Senado, eu vou dar para ele, porque o PSD não está na aliança nacional. “

Ceciliano disse que a liderança nacional do PT se reunirá hoje à noite para falar sobre a plataforma no Rio.

Colabore na produção de jornalismo local de qualidade, ajude a combater notícias falsas e conteúdo exclusivo e visualizado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *