Governador de SP participa de aliança nacional diante da crise climática

O governador João Doria participou nesta quinta-feira (29) do Primeiro Encontro Internacional de Governadores pelo Clima, evento virtual promovido pelo Centro Brasil Sem Clima (CBC), um tanque sobre mudanças climáticas fundado em 2012 por Alfredo Sirkis. Os chefes de Estado assinaram uma carta de compromisso de aliança na luta contra a crise climática no Brasil.

“A maioria dos governadores tem políticas de defesa ambiental muito transparentes, a política do governo federal. Estamos cumprindo nossa obrigação. E hoje, os Estados estão assumindo a liderança no procedimento meteorológico no Brasil como um programa construtivo, para manter o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas. “vida”, disse Doria.

Na carta, que reitera o Acordo de Paris, os chefes de Estado concordam que a complexidade do clima substitui os perigos e apela aos governos, ao setor empresarial e à sociedade civil para antecipar os impactos esperados, cujos preços serão particularmente altos e mais comuns do que os da pandemia existente.

Os avanços decorrentes das ações articuladas, segundo o documento, serão alcançados com o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais, com a promoção da energia virgem, o alívio da queima de combustíveis fósseis, o fortalecimento do uso de biocombustíveis, a eletrificação da mobilidade e a promoção da agricultura de baixo carbono.

Os Governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande; do Pará, Hélder Barbalho; del Maranhão, Favio Dino; de Pernambuco, Paulo Câmara; de Piauí, Wellington Dias; Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e os vice-governadores do Tocantins, Wanderlei Barbosa Castro; e do Distrito Federal, Marcus Vinícius Britto de Albuquerque Dias.

Os chefes de Estado nomearão representantes executivos para institucionalizar o Conselho de Governo do Clima e construir uma agenda nacional e estratégica.

Ações em São Paulo

Durante o evento, Doria apresentou os investimentos no setor realizados em São Paulo nos últimos anos. O Estado desempenha um papel estratégico no alcance dos objetivos nacionais estabelecidos no Acordo de Paris. Com um terço do PIB brasileiro e um quinto de sua população, tem sido o motor do alívio das emissões de gases de efeito estufa do país.

Desde 2009, São Paulo tem alcançado índices em termos de redução das emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que, em 2018, o estado emitiu cerca de 147 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Isso representa cerca de 5% das emissões totais do Brasil.

No ano passado, São Paulo estabeleceu um acordo ambiental, uma diretriz que marca a progressão sustentável do Estado, conciliando a preservação do meio ambiente e o crescimento econômico. Até o momento, 134 estabelecimentos, incluindo empresas, municípios e associações, já se comprometeram a reduzir o combustível de efeito estufa. Emissões

São Paulo teve recentemente 60% de energia renovável, o que tem efeito direto na qualidade de vida da população. Esse percentual se deve, basicamente, ao programa de etanol movido há quase um século no país, que tem gerado avanços tecnológicos e ampliado a matriz energética.

O Estado de São Paulo também tem uma forte perspectiva de desperdício da indústria sucroalcoo de açúcar – bacombustível, palha e vinhaça – em eletricidade, combustível e vapor. São Paulo já responde por mais de 50% da produção de cana-de-açúcar bioelétrica do país.

A energia solar fotovoltaica também está a todo vapor em São Paulo. No ano passado, entraram em operação os complexos solares Guaimbê e Ouroeste, da AES Tietê, as duas maiores usinas solares instaladas no estado, que hoje respondem por 12,6% da produção de energia solar existente no Brasil.

Em setembro, foi lançado o programa Agro Legal, que prevê a construção de 800 mil hectares de dossel de plantas nativas em São Paulo ao longo de 20 anos. É um domínio maior que o Distrito Federal. O programa se concentra em margens de rios e nascentes, morros e estradas. O objetivo é alcançar um crescimento de quase 3% no domínio de cobertura vegetal local no estado; atualmente, essa taxa é de 23%.

O programa Novo Rio Pinheiro prevê que, até 2022, o rio obtenha um conjunto de movimentos que melhorem a qualidade de suas águas, beneficiando 3,5 milhões de brasileiros em São Paulo e garantindo o desenvolvimento social e econômico. Atualmente, estão sendo executados 16 contratos de saneamento e ação socioambiental nas sub-bacias do rio. Até agora, mais de 47 mil novos adições de ativos à rede de esgoto já foram feitas – o objetivo é apreender 533 mil imóveis. O investimento em Novo Rio Pinheiros será de R$ 2 bilhões.

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