A instrumentação do fabricante de leite para controlar a atividade e reduzir a assimetria entre as bases de dados econômicas da caixa e da indústria são os principais objetivos do índice de acesso à produção de leite cru (IILC), apresentado nesta quinta-feira pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul. (Farsul), Fenasul/Expoleite, em Esteio. O cálculo do indicador, que será publicado mensalmente a partir desta parte do ano através do Conselho Consultivo Econômico da Farsul, foi elaborado através do economista Ruy Silveira Neto.
Para chegar ao IILC, a empresa utilizará os cinco principais insumos do setor lácteo, cada um com seu percentual em peso: concentrado (56,4%), forragem (21,77%), fertilização por pastagem (12,35%), suplementação mineral (4,73%). , potência (3,22%) e combustível (1,44%). Cada entrada verá sua variação medida a partir do último mês, construindo uma imagem genuína do que o fabricante precisará gastar para produzir.
Ruy Silveira Neto explica que a cesta de insumos de referência é sobre os conhecimentos coletados através da cessão do Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e corresponde a 80% da efetiva carga operacional da produção do produtor de leite verificada nos painéis do Campo Futuro, em 2021, no Rio Grande do Sul. As pinturas apresentadas por Silveira também destacam que os preços da produção de leite vêm subindo consecutivamente desde 2018, atingindo um pico em 2020, quando subiram para 75%, e já em 24% em 2022, de janeiro a abril.
Líderes de entidades representativas dos produtores de leite do estado, como a Associação Holandesa de Pecuária (Gadolando) e a Associação dos Criadores de Jersey, comemoraram a chegada do indicador como uma conquista histórica. O presidente da Gadolando, Marcos Tang, propõe que finalmente haverá transparência para a sociedade sobre o que é produzir leite, tarefa que exige muito comprometimento por parte do produtor.
O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, diz que o novo indicador eliminará a distorção econômica causada pela assimetria do conhecimento, que levou à guerra de palavras do ano passado no Conseleite, com os fabricantes abandonando as reuniões devido a uma guerra de palavras entre as bases de posições dos elos na cadeia. “Tivemos um namoro criminoso com um aspecto bem informado e o outro mal equipado. Isso causou muita estranheza”, diz ele.