Detectado pela primeira vez entre março passado e início de abril, o BA. 5 “mostrou uma frequência relativa em forte expansão, dominando em Portugal, com uma frequência relativa estimada de 87% em 30 de maio”, acrescenta o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2.
A variante omicrona do coronavírus que causa o COVID-19, classificado como um medo pela Organização Mundial da Saúde, engloba várias cepas conhecidas pelo prefixo “BA”.
Entre essas outras cepas, o BA. 5 tem mostrado aumento da capacidade de transmissão por ter mutações que afetam o acesso do vírus às células e/ou à sua capacidade de escapar da resposta imune.
Já para o BA. 2, conhecido em Portugal no final de 2021 e que dominou na semana de 21 a 27 de fevereiro, continua a perder terreno contra o BA. 5, que já representa 13% das infecções registradas no país.
O INSA também seguiu uma subline de BA. 2, chamada BA. 2. 35, que é caracterizada por uma nova mutação da proteína ‘spike’ relacionada à resistência a anticorpos neutralizantes, e que registrou uma frequência entre 1,5% e 3%.
Como parte do monitoramento contínuo da diversidade genética SARS-CoV-2 da THESA, uma média de 526 sequências por semana foram analisadas desde o início de junho de 2021, em amostras aleatórias de laboratórios em todos os 18 distritos. Portugal continental e as regiões autônomas dos Açores e da Madeira, cobrindo uma média de 139 municípios condizente com a semana.