Nesta quarta-feira (15), em Mato Grosso do Sul, começa o chamado espaço de movimento lento da soja, quando o plantio da cultura é proibido. A medida é tomada por meio da Agência Estadual de Defesa da Saúde Animal e Vegetal (Iagro), ligada à Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar) com base em determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O prazo é até 15 de setembro e deve ser credenciado em todos os estados produtores de soja do país. Segundo o Mapa, é importante para a ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O presidente da Iagro, Daniel Ingold, afirma que o buraco é o período contínuo, de pelo menos 90 dias, em que as plantas de soja não podem ser plantadas ou mantidas vivas em qualquer nível de progressão na área dada. O objetivo é reduzir, na medida do possível, o inóculo da doença, minimizando os efeitos negativos na próxima safra.
A ferrugem asiática é considerada uma das doenças mais graves sofridas pelo cultivo da soja e pode ocorrer em qualquer estágio fenológico. Nas demais regiões geográficas onde o fungo foi relatado em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
A soja é o principal produto exportador de Mato Grosso do Sul e este ano atingiu uma produção de 8,7 milhões de cereais.