Defensoria Pública pede crise em Atalaia do Norte

Devido ao difícil acesso entre a região oeste do Amazonas e a capital, Manaus, a Defensoria Pública (DPU) orienta o governo federal a instalar um centro de trabalho de crise na região. Foi lá, perto da fronteira com o Peru, que Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram na manhã deste domingo, 5. Até agora, o governo não divulgou o destino do indigenista brasileiro e do jornalista britânico. Eles estavam em uma expedição ao Vale do Javari, próximo ao município de Atalaia do Norte.

Em nota emitida na sexta-feira, a DPU disse que é imprescindível ter pelo menos um representante da Equipe de Monitoramento da União Indígena do Vale do Javari (Unijava) em cada navio envolvido na pesquisa, pois “os povos indígenas do Vale Javari têm maior sabedoria empírica de toda a região”.

O único suspeito preso até o momento é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”. No barco onde ele estava preso, linhagens foram descobertas e enviadas para exame pericial na capital amazonense. Bruno já trabalhou na Funai e entende pelo menos 4 das outras línguas indígenas das etnias locais.

Dom, que colabora com o jornal britânico The Guardian no Brasil, também conheceu a floresta amazônica e é casado com um brasileiro. Os dois foram monitorados pela Unijava, que gravou o sinal telefônico mais recente do casal na manhã de domingo.

Leia a íntegra emitida através da DPU:

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu a criação de uma sala de crise para articular os atores governamentais envolvidos na busca pelo indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Philips. A sala de crise será instalada em Atalaia do Norte (AM), que concentrou a busca pelos outros dois desaparecidos desde o último domingo (5).

O pedido pode ser descoberto em ofício enviado à Polícia Federal na sexta-feira (10). A sala de palco, segundo a DPU, terá que atender o governo pelo menos uma vez por dia, com o objetivo de relatar os estudos. e alinhando estratégias de ação. Presença obrigatória:

o Exército Brasileiro;

a Marinha do Brasil;

a Polícia Federal;

o Batalhão de Polícia Militar de Tabatinga;

o Batalhão de Meio Ambiente da Polícia Militar;

a Polícia Civil de Tabatinga, o Corpo de Bombeiros;

a Fundação Nacional da Índia (FUNAI);

Defesa Civil;

União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

O estabelecimento destaca ainda que a presença de “pelo menos um usuário indígena da equipe de monitoramento da UNIVAJA (EVU) no navio envolvido nos estudos é essencial, pois “os povos indígenas do Vale do Javari têm maior sabedoria empírica da região total, por isso é muito vital que acompanhem os estudos com as autoridades”.

Fortalecimento da pesquisa

Na quarta-feira (8), o Judiciário concedeu o pedido da DPU e da Univaja e ordenou ao governo federal que colocasse reforços para ajudar no resgate do jornalista e dos indígenas. Os estabelecimentos culparam o uso de helicópteros, barcos e grupos de busca pela polícia federal, forças de segurança ou forças armadas (Comando Militar da Amazônia).

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