Etanol de milho cria um “círculo virtuoso” na economia de Mato Grosso

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Estruturas imponentes substituem a paisagem de vários municípios de Mato Grosso. A abundante fonte de milho, especialmente na época da colheita, atraiu usinas de etanol. Destaca-se o processo de processamento de grãos, colocando em prática o conceito de economia circular, que, em suma, busca fazer uso dos recursos à base de plantas.

Um exemplo é a biomassa, que é usada para a produção de calor. Resíduos de outras atividades que possam ser passivos ambientais são agora usados como fonte renovável para a produção de energia. É o caso de palha de arroz, cápsula de algodão, serragem, entre outros.

O milho que você vai processar é usado 100%. Nada está perdido. O milho é uma composição de amido, proteína, gorduras e fibras. o mesmo procedimento que é separar fibras, gorduras e proteínas, gerando um portfólio de cinco produtos de nutrição animal, além de poder exportar. Ou seja, adicionamos preço a cinco produtos de nutrição animal e ao biocombustível, ao etanol”, diz Fernando Quilice, diretor industrial da FS.

O preço agregado começa com o ganho logístico. Uma tonelada de milho que viaja, em média, 150 quilômetros para ter sucesso na indústria, torna-se 620 quilos de produtos acabados. Esses produtos são distribuídos em todo o Brasil. Efeito positivo também na geração de impostos.

“Uma tonelada de milho exportado gera cerca de 12 reais de impostos. Uma tonelada de milho industrializado, transformado em etanol, DDGS, petróleo ou eletricidade, já gera cerca de R$ 350 em impostos. Então, o impacto no canal é enorme”, diz o vice-presidente do Inpasa, Rafael Ranzolin.

Lembra ainda que o investimento feito na instalação de usinas é da ordem de bilhões de reais. “É um investimento feito aqui [Mato Grosso], no exterior, com a criação de tarefas. “

O empresário Nelci Casarín, da indústria alimentícia, viu a oportunidade de crescer o negócio após a chegada das indústrias. Além de abrir uma lanchonete, a um posto de gasolina, preparar lanches. Todos os dias ele entrega 500 jogos para a fábrica de alimentação e teve que alugar mais 30 pessoas.

No campo, a nova demanda criada pela indústria influenciou não só o valor do milho, mas também a mentalidade dos produtores, que agora estão lá para melhor planejar o ano de colheita.

É o caso de Florian Diez. O engenheiro agrônomo tem um confinamento em Nova Mutum (MT). Além de criar gado, ele cultiva milho para consumo na fazenda. Dos 470 hectares plantados em culturas passadas, foi expandido para 1. 000 hectares. e maior fertilização até 20%.

“O mercado de milho é influenciado por eventos geopolíticos, o mercado externo, mas a verdade é que o valor se estabilizou e, com a chegada de compradores que não sejam os criadores de animais agrícolas, além das usinas, o preço aumentou em média e há também a opção de firmar contratos futuros para a venda de milho, em dólares e reais, o que torna menos difícil planejar um patrimônio rural a longo prazo”, diz Diez.

Para o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, os novos setores estabeleceram um círculo virtuoso, que está fechando. “Nesse círculo virtuoso onde são produzidos energia, combustível e alimentos, ao mesmo tempo, são feitos espaços para construir sobre o cultivo de grãos e uma fonte de alimento sem ter que avançar em novos espaços de exploração”, diz.

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