Pressionada, Funai renova portaria que restringe Terra Indígena Pirititi

A Funai renovou por seis meses a proibição do acesso à Terra Indígena Pirititi, localizada em Rorainópolis, no sul do estado de Roraima. pedido de tutela para blindar o grupo indígena. Resolução publicada na sexta-feira 10 no Diário Oficial.

De acordo com a portaria, estabelece “a restrição de entrada, locomoção e permanência de pessoas ao ar livre de pessoal da Funai, em domínio de 40. 095 hectares e perímetro aproximado de 192 quilômetros”.

De acordo com o conhecimento do Boletim Sirad-Aislados, do Instituto Socioambiental, cerca de uma parte dela – cerca de 47,8% – está ameaçada por grilagem de terras.

Segundo especialistas indígenas e organizações não governamentais, a não renovação da portaria colocaria em risco a sobrevivência do grupo indígena, que vive uma ameaça constante, com o avanço do desmatamento e da grilagem de terras.

Histórico

Segundo o MPF, a região é alvo de ação pública. O objetivo do documento é pedir à Funai mais agilidade no que diz respeito à identidade e delimitação do território.

Relatos da própria base revelam extração ilegal de madeira na área.

Formada por aldeias remotas, a organização indígena Pirititi identifica-se como Piruichichi (Pirititi) ou Tiquiriá, parentes do Waimiri-Atroari, que fazem fronteira com a Amazônia.

A primeira portaria que restringia o acesso à TI pirititi foi publicada no final de 2012. Desde então, a medida foi extinta em 2015, 2018 e 2021. In esta última ordem mais de cinco meses e 17 dias se passaram sem notícias de renovação.

A portaria publicada sexta-feira foi assinada pelo presidente da Funai, Marcelo Xavier. A agência, por sua vez, tem um histórico de decisões rejeitadas por entidades indígenas.

Na semana passada, Xavier foi criticado após dizer que Dom Phillips e Bruno Pereira – jornalista e indigenista desaparecido desde domingo 5 – erraram ao não falar e não pedir permissão à Funai.

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