Segundo o chefe de pesquisa sobre doenças infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), especialista em doenças infecciosas Filipe Prohaska, com as enchentes causadas pelas fortes chuvas que atingem o estado, os casos da doença são mais frequentes.
“O grande desafio neste domínio é a exposição à água. A leptospirose é transmitida através de uma bactéria que existe na urina de camundongos e sabemos que além da exposição à água, infelizmente há uma questão fundamental de saneamento. Então, aldeias que têm uma baixa referência de saneamento e muito esgoto ao ar livre, quando a água se acumula, naturalmente você tem espaços transbordantes e maior exposição”, disse.
É que outras pessoas que estiveram no meio das enchentes estão cientes dos sintomas da doença.
“O medo é que se você foi exposto a condições de acúmulo de água, o ideal é se despir o mais rápido possível, mas sabemos que isso é impossível. Após a exposição, são observados casos judiciais como dor de imagem de 7 a 10 dias, febre, vermelhidão dos olhos, que são conjuntivite, e dor na panturrilha, que acontecem na panturrilha. É obrigatório ir sem demora a uma unidade de pronto atendimento para fazer um bom tratamento”, disse o infectologista.
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Diante dos óbitos registrados no estado, a SES, em colaboração com o Centro de Vigilância e Resposta a Emergências em Saúde Pública, publicou neste domingo (12) uma nota técnica dirigida às instalações de fitness de Pernambuco, na qual solicita a vigilância de casos de problemas de leptospirose, como as fortes chuvas das últimas semanas que mataram outras 129 pessoas, bem como notificação imediata de casos graves e óbitos por doença.