“Isso é uma não-decisão. O fator está vivo novamente e continuaremos a mantê-lo vivo também. Ela tem pernas ambulantes e não há uma opinião que votou contra a outra. Não há solução que tenha sido adotada. É uma não assinatura dessas revisões e a questão automaticamente volta a ser atual”, disse o funcionário à imprensa, após a grande assembleia realizada na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na Cidade do Futebol.
Para Miguel Nogueira Leite, o “resultado deve ser analisado” e sustenta que os delegados que se apresentam no GA “poderiam decidir”.
“Temos que dar uma olhada e ver os mecanismos que temos. Como resultado, veremos qual será a solução mais produtiva em relação à questão. Em geral, há um conceito na Assembleia Geral que os delegados não poderiam decidir”, explicou.
Na assembleia realizada na sede da FPF, na Cidade do Futebol, a maioria dos delegados (33) deste quadro social unificador se opôs à contagem dos títulos, rejeitando assim as três revisões que haviam sido submetidas a votação, uma das quais é apresentada através do Sporting.
Dos demais delegados e parceiros, treze votaram a favor do primeiro parecer, 8 votaram a favor do 3º e um votou a favor do parecer por enquanto.
O primeiro parecer colocado em votação considerou que os vencedores do Campeonato Português entre 1921/22 e 1933/34, e do Campeonato Da Liga, disputado ao mesmo tempo, em caráter experimental, entre 1934 e 1938, seriam declarados campeões nacionais, enquanto os vencedores do Campeonato Português entre 1934/35 e 1937/38 seriam declarados vencedores da Taça de Portugal.
O tempo ficou conhecido pelo Campeonato de Portugal como o antecessor da Taça de Portugal, que começou a ser disputada em 1938/39, e do Campeonato da Liga como contrapartida do campeonato nacional.
A proposta através do Sporting, que venceu o Campeonato Português em 1922/23, 1933/34, 1935/36 e 1937/38, defendeu a popularidade desses títulos como campeões nacionais.
Este festival também ganhou 4 vezes para o FC Porto (1921/22, 1924. 25, 1931/32 2 1936/37), 3 para o Benfica (1929/30, 1930/31 e 1934/35) e para os belenenses (1926/27, 1928/29 e 1932/33) e um para Olhanense (1923/24), Marítimo (1925/26) e Carcavelinhos (1927/28).
O campeonato de La Liga, ou Liga Experimental, venceu três vezes pelo Benfica (1935/36, 1936/37 e 1937/38), depois que o FC Porto venceu em seu primeiro ano (1934/35).
Em 19 de janeiro de 2019, o fator foi debatido na Assembleia da República (AR), as equipes parlamentares contemplaram que a popularidade das edições do Campeonato Português realizadas entre 1922 e 1938 cai, dada a sua especificidade, dentro da competência da FPF
O assunto foi levantado em consulta plenária na RA na forma de petição trazida por Alexandre Silva Almeida, aos 4. 470 inscritos, que buscaram ver as 17 edições do Campeonato Português designados como campeões nacionais.