O professor relata que ainda percebe na universidade uma dificuldade maravilhosa em articular os estudos com as atividades de divulgação, e com o acompanhamento da ciência que é apresentada através da rede escolar. “Isso se deve ao preconceito e à ignorância de vários colegas de estudos sobre a importância da comunicação e articulação entre os campos. Acabei de ganhar de um colega um texto de José Reis, escrito em 1993, que já refletia sobre essas questões básicas que eu não sou um estudioso hegemônico. No meu caso, problemas de raça, origem da elegância. e o gênero tem pesado. Meu círculo de parentes não tinha escolaridade formal, então estou muito feliz, grato e ciente de que tenho um compromisso ancestral de continuar movendo as estruturas.
Alan acrescenta que não se vê trancado em um armário de escrita de artigos porque entende que a sabedoria terá que triunfar em outras pessoas para se sentir incorporada aos processos de avanço clínico. “De minha parte, estou empenhado em seguir a agenda de José Reis. . É por isso que essa conquista vem em um momento muito importante, no fortalecimento de escritores negros como eu. Que muitos outros fiquem de onde eu parou”, conclui.
Perfil
Nascido em Vitória da Conquista, bahia, Alan Alves Brito é formado em física pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e mestre e doutor em ciências (astrofísica estelar) pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
Foi professor visitante em centros em Portugal e Alemanha e fez pós-doutorado no Chile e austrália, atuando como Bolsista de Super Ciência na Universidade Nacional Australiana. Ele tem gostado do campo da astrofísica estelar e seu principal interesse é a leitura. a evolução química de outras populações estelares na Via Láctea e além.
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