O presidente da República parte na noite de sexta-feira para o Brasil onde, além de destacar a Bienal do Livro de São Paulo, terá reuniões com Temer, Lula e Bolsonaro. No entanto, a imprensa brasileira ressalta que o encontro com Bolsonaro poderia ser cancelado simplesmente por causa de Lula da Silva.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
© Hugo Delgado/Lusa
Três dias em 3 locais com uma agenda muito movimentada: Marcelo Rebelo de Sousa ficará no Brasil até o dia 4 de julho e a agenda inclui questões culturais e políticas, somando reuniões com o presidente Bolsonaro e os ex-presidentes Michel Temer e Lula da Silva (e qualquer preocupação com leituras políticas).
Num momento em que o aeroporto está na ordem do dia, a agenda do presidente começa em Lisboa com o embarque do avião da TAP, agora batizado de “Santa Cruz”, em homenagem ao avião usado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho há cem anos, quando fizeram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Chegando ao Rio de Janeiro na madrugada deste sábado, Marcelo Rebelo de Sousa também terá uma consulta em comemoração ao centenário dessa travessia na cidade e uma recepção para a rede portuguesa do Rio.
Partindo para São Paulo na mesma tarde, o chefe de Estado participará da abertura oficial da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, e resta saber se o Presidente do Brasil estará presente nesta cerimônia.
Além disso, Marcelo retorna à Bienal no dia seguinte para parar no Pavilhão Português, já que esta edição tem o país como convidado de honra neste ano da festa de aniversário dos 200 anos da independência do Brasil.
Mas primeiro, uma reunião com o ex-presidente Lula da Silva no apartamento oficial do Cônsul-Geral de São Paulo. A montagem já havia sido exibida esta semana através do próprio Marcelo no Ocean Summit.
Na época, questionado pela TSF sobre essa reunião, Marcelo explicou que pretendia repetir as reuniões que teve da última vez e que “eu gostaria de ouvir deles sobre o cenário que está acontecendo, não tanto no Brasil, porque tem que todo mundo tem seu ponto de vista e eu não vou ter que me envolver, no entanto, questões como esta [os oceanos] e no mundo. “
“É muito bom saber o que os protagonistas da vida brasileira, no passado, a contribuição e, possivelmente, o futuro, têm sobre a CPLP, questões como os oceanos e o cenário que emerge da guerra na Ucrânia”, disse Marcelo Souza rebelde.
Questionado sobre leituras políticas imagináveis, Marcelo diz que não tem medo dele porque “não estamos em período eleitoral”. Entre dois sorrisos, o presidente disse que “uma coisa é ter eleições, outra é estar em período eleitoral, ainda faltam alguns meses”.
E no mesmo dia em que se reunirá com Lula, ele também se encontrará com Michel Temer, com quem já havia discutido recentemente uma convenção sobre os clientes de longo prazo das relações entre os dois países.
Também em São Paulo, Marcelo tem uma exposição em sua agenda e recebe a rede portuguesa na capital paulista antes de embarcar no último ponto da viagem: Brasília.
Lá, ele se reúne na segunda-feira de manhã com Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, para almoçar. Antes de retornar a Portugal, ele ainda tem tempo de se mudar para a Embaixada portuguesa para a exposição “Bagagem de Viajante” em Saramapass.
De acordo com o programa oficial divulgado pela Presidência da República, a presença do Chefe de Estado brasileiro ainda não está presente na Bienal do Livro, mas a assembleia no Itamaraty, em Brasília, é evidente. .
No entanto, segundo o portal R7 da Rede Record, “fontes próximas ao presidente Jair Bolsonaro informaram que ele não se reunirá com Marcelo Rebelo de Sousa se houver escala em Lula”. candidato à presidência do país.
O portal escreve que “Bolsonaro gostava de saber que a centro-direita portuguesa também se reuniria com o ex-presidente do PT e deixou a agenda sob ameaça de ser cancelada”. Por enquanto, o plano de Marcelo permanece inalterado e a assembleia oficial em Brasília com Bolsonaro está prevista.