Com graves alagamentos em alta desde o início de maio, a ponta do Rio Negro vive sua primeira queda em Manaus em 4 meses. O Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE), do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), verificou que após atingir o 4º maior nível da história, 29,76 m, uma de suas principais enchentes, o afluente recua a partir do dia 22 deste mês, marcando nesta quinta-feira (30/06/2022) 29,70 m.
De acordo com o último Boletim de Monitoramento Hidrometeorológico da Amazônia Ocidental, o rio está se estabilizando em Manaus, mostrando hábitos que indicam a proximidade do fim do período de alagamentos. No entanto, apesar da queda no nível da água, ainda é muito cedo para marcar o início de seu refluxo. O Rio Negro continua sofrendo alagamentos graves – acima de 29,00 m.
“O Rio Negro em Manaus possui um hidrograma sólido, no qual em 75% dos anos da série antiga o pico ocorre no mês de junho e em 19% no mês de julho”, diz o mais recente boletim da SACE. O documento também afirma que, a partir do mês seguinte, o afluente tende a entrar na fase de refluxo, cortando seu ponto de água até atingir sua cota mínima.
O SGB-CPRM está monitorando intensamente o processo de alagamento do Rio Negro. Ao longo deste ano, o estabelecimento emitiu 3 alertas de inundação, prevendo o pico que o rio atingirá na era pós-descarga. Além disso, a SACE monitora frequentemente a Bacia Negra e outras bacias brasileiras.
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