A secretária especial de produtividade e competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, é a chamada máxima citada para atualizar Pedro Guimarães como presidente da Caixa, segundo o Broadcast, fórmula de dados em tempo real do Grupo Estado. Segundo fontes, optar por uma mulher para a tarefa evitaria denúncias de assédio contra bancários em conexão com a ligação de Pedro Guimarães.
Daniella é a “mão direita” de Guedes desde que o ministro trabalhou no setor pessoal.
Formada em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e com MBA em Finanças pelo Ibmec/RJ, atua no mercado monetário há 20 anos.
Além disso, a expectativa é que, desde a campanha de 2018, o secretário tenha a confiança do presidente Jair Bolsonaro, – e já participou da clássica quinta-feira ao vivo do Chefe do Executivo para divulgar os movimentos do Ministério da Economia em favor das mulheres.
Esposa de Daniella Guedes na Bozano Investimentos, no Rio de Janeiro. Ela deixou o gerente em 2019 para trabalhar com o ministro como assessora especial.
Se a nomeação for confirmada, Guedes receberá a terceira convocação consecutiva nos últimos dois meses, depois de Adolfo Sachsida no Ministério de Minas e Energia e Caio Paes de Andrade como presidente da Petrobras.
Acusações
O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para investigar denúncias de assédio sexual feitas por meio de trabalhadores da Caixa Econômica Federal contrários a Pedro Guimarães. S. Paulo. Cinco trabalhadores relataram à carta movimentações no componente do presidente do banco. A divulgação dos casos judiciais foi feita através da página online da Metropoles na terça-feira, 28.
Dentro do banco, a abertura da investigação ordenou que o gerente deixasse o cargo.
Na manhã desta quarta-feira, 29, trabalhadores da Caixa organizaram uma manifestação em frente à sede do banco em Brasília e exigiram a “saída urgente” de Pedro Guimarães.
pressão política
Pedro Guimarães é muito próximo de Jair Bolsonaro, e outros ligados à cruzada de reeleição do presidente temem que as alegações acabem tendo um efeito negativo.
A Caixa é presença constante na vida do presidente, que o apelidou de PG2, em referência a Paulo Guedes, conhecido como PG.
O apelo de Guimarães para ministro da Economia de longo prazo já circulou, no caso da saída de Guedes.
O presidente Jair Bolsonaro ainda se pronunciou sobre o assunto.
Na opinião dos interlocutores do Centrão, Bolsonaro “não pode correr o risco” de manter um assistente em vigor com casos judiciais de assédio em um momento em que ganhará popularidade entre as mulheres, segmento do eleitorado em que enfrenta uma rejeição maravilhosa.
O presidente é pré-candidato à reeleição e, em todas as pesquisas de intenção de voto, perderia a corrida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Evento Caixa
Pedro Guimarães começou nesta quarta-feira participando, acompanhado de sua esposa, em um evento da Caixa em Brasília, fechado a jornalistas.
Dirigindo-se à plateia dos trabalhadores, Guimarães disse ter uma relação profissional “baseada na ética” e mencionou uma palavra sobre as alegações de assédio.