Incentivados pelo próprio Jair Bolsonaro (PL), seus apoiadores, juntamente com os funcionários, multiplicam a cada dia a dose de ameaças e atos de violência. Desta vez, o caso tomou uma posição em Alagoas.
O governador Paulo Dantas (MDB) se aproximou por meio da liderança do PT, que solicitou uma investigação ao governo estadual, após denúncia de que policiais do Exército haviam ameaçado uma mulher na periferia de Maceió. Ela só andava por aí vestida com uma blusa com uma imagem do ex-presidente Lula (PT).
Dantas prometeu aos líderes partidários que investigaria as ameaças. Ele justificou um fato aparente de que, na época de Bolsonaro, quase nunca é levada a sério: a fórmula de segurança existe para as pessoas, para não ameaçá-las.
De acordo com a denúncia apresentada pela vítima, nas redes sociais, um soldado de um posto de gasolina se aproximou dele e disse, sem vergonha: “Então você não sabe por que eles atiram em você”.
A mulher, usando sua camiseta com a efígie de Lula, disse que se sentiu chocada e vulnerável, segundo dados do site E Assim.
Ricardo Barbosa, presidente da Diretoria Estadual do PT, expressou ao governo estadual seu medo da violência eleitoral em Alagoas.
Ele se referiu ao episódio ocorrido em Foz do Iguaçu (PR), em que o policial militar bolsonarista, Jorge Guaranho, atirou e matou o líder do PT e guarda municipal, Marcelo Arruda, que estava comemorando seu aniversário de 50 anos.
“Sabemos que atitudes como o risco dessa menina andar na praia vêm de uma minoria que não sabe conviver com o Estado democrático de direito e a liberdade de cada um para explicitar sua opção eleitoral como neste caso. Mas é imprescindível que o governo estadual esteja ciente desses tipos de situações, que vão muito além da provocação. No final do dia, há um risco”, disse ele.