Quase 25 anos após ser escolhida símbolo de Belo Horizonte pela população, a Serra do Curral – chamada de cartão postal da capital mineira – tem um dos grandes temas de disputa pelo governo de Minas Gerais. De um lado, o governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, é a favor da mineração na região. Por outro lado, todos os seus beligerantes deste ano já se manifestaram contra a atividade.
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Na última segunda-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu a licença de exploração na região. Licença concedida em abril deste ano por meio do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e desenvolvimento sustentável.
Três dias depois, após uma audiência pública que reuniu o ator, o ex-vice-prefeito de Belo Horizonte Paulo Lamac (Rede), o governo estadual e a empresa Taquaril Mineração S/A (Tamis), dona da exploração, a mesma sentença ditada sobre quem deveria suspender a licença -Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda do Estado- revogou a própria resolução.
Além de ser questionada em juízo, a licença de exploração de mineração na Serra do Curral é rejeitada por especialistas. “Esse fator (da mineração na Serra do Curral) é populista, para dizer o mínimo. Um discurso destinado a compartilhar, refletir”, dijo. la conservacionista da água Patricia Boson.
Moradora do sul da capital, ao pé das montanhas, Patrícia destacou o antigo comércio anormal da região e as intervenções realizadas na região nas últimas décadas.
O prefeito de Belo Horizonte, chefiado pelo agora pré-candidato ao governo estadual Alexandre Kalil (PSD), apresentou denúncia contra a concessão concedida ao Tâmisa. Segundo a administração municipal, as obras de uma tubulação de água que 70% da capital mineira serão fiéis à exploração da mineração no domínio. A licença concedida à empresa inclui componente de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte – a montanha enfrenta os dois municípios.
Debate
Pouco depois da concessão da licença ao Tâmisa este ano e da contestação judicial ao subsídio, Zema saiu em defesa da empresa.
Ele comparou o Tâmisa a um usuário que compra terras para construir uma casa, mas não pode construir os ativos porque o governo não permitiu. religião e você respeita a lei, por que eu não lhe dou permissão para construir sua casa?o governador disse na época. . . Procurado na semana passada, ele se recusou a comentar.
Principal adversário de Zema na disputa de outubro, Kalil disse ao Estadão que “o governo está cuidando da mineradora”. “Estamos em um estado onde a mineradora está no comando. Enquanto não tivermos um governo em Minas Gerais para lidar com a mineração, que é muito para o Estado, essa bagunça vai continuar”, disse o velho. Prefeito de Belo Horizonte. ” A mineração continuará matando e degradando Minas Gerais. “
O pré-candidato do PSDB ao governo mineiro, Marcus Pestana, também criticou a exploração na região. no Ministério do Meio Ambiente.
Outros pré-candidatos também entraram no debate sobre o fator mineração na Serra do Curral – Carlos Viana (PL), Miguel Corrêa (PDT), Lorene Figueiredo (PSOL) e Renata Regina (PCB) se manifestaram contra a medida. o governo estadual está fazendo, observando um pouco do que aconteceu, põe em risco muitos mineiros”, disse Corrêa, lembrando as tragédias de Brumadinho e Mariana. Viana defendeu “investimento em outras frentes além da mineração” e criticou as licenças concedidas para a Serra.
Parar
Em nota, o Tâmisa disse ter ganhado notícias maravilhosas sobre a determinação de impedir as atividades. A empresa disse que “cumpriu todos os requisitos da lei existente para baixar licenças dos órgãos apropriados”.
Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 41 hectares de Mata Atlântica serão demolidos na primeira fase do projeto. Restam 58 hectares a serem arrasados em um ponto ao nível da empresa, cuja licença final ainda não foi aprovada.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.