PCP adverte que SNS “quer amores platônicos” ainda a ser fortalecido

Em Sa Maria da Feira, no bairro de Aveiro, numa concentração próxima à praia do rio dos Pigeiros, Jerónimo de Sousa deixou mensagens ao governo e ao PS e muitas críticas contra o PSD, que acusou de fazer “uma chapa total de força de oposição”, mas de “não se afastar” das características do executivo liderado por António Costa.

“O Serviço Nacional de Saúde [NHS] não quer amores platônicos, quer uma política que priorize seu fortalecimento ou que busque colocá-la a serviço de grupos econômicos de aptidão”, disse o líder comunista.

Depois de acusar o governo de “não resolver nada em relação à valorização das carreiras e salários de fitness”, e de ter como “prática normal” o suborme de aptidão, Jerónimo de Sousa acusou o PS de manter relações próximas com grupos de fitness pessoal. . .

“O PS já renovou seu compromisso com os grupos de fitness, lembrando que são os governos do PS que implementaram a parceria pública para os hospitais públicos e que não têm nenhum preconceito ideológico com o setor. O que o governo tem é um preconceito contra a defesa. do SNS”, ressaltou.

Ainda na Saúde, o secretário-geral do PCP defendeu que “teremos que rejeitar a ofensiva ideológica” que visa “fazer a solução para os desejos do SNS é entregar ainda mais saúde física ao setor pessoal”, enquanto 40% do orçamento de fitness existente já vai diretamente para a subcontratação de bens e instalações para o setor pessoal. “

Além do PS e do governo, o PSD também criticou por meio de Jerónimo de Sousa: “Até agora tem corrido em seu Congresso, assumindo-se como a maravilhosa força de oposição ao governo existente. É a insistência no mesmo curso político, nas mesmas orientações de sua última vez no governo, que levou ao ataque aos direitos, salários e serviços públicos”, disse.

Quanto à saúde, disse o líder comunista, o PSD, “em vez de investimento, o que é proposto como solução é a promoção do negócio da doença”.

Mas é na questão da regionalização que Jerónimo de Sousa criticou ao máximo o partido liderado por Luis Montenegro.

“Em consonância com o acordo de 2018, que reuniu o PS e o PSD para traçar uma falsa descentralização e adiar a regionalização, a recusa do referendo por meio deste PSD é o corolário lógico da orientação que presidiu tal acordo entre eles”, explicou.

“Na verdade, em matéria de substância, o PSD não se desvia das funções exercidas pelo PS e seu governo, apesar do tumulto da força de oposição”, concluiu.

Em um discurso marcado por vários apelos por aumentos salariais, pensões, ataques a “grandes grupos econômicos transnacionais” e apelos por “políticas patrióticas e de esquerda”, o líder comunista também criticou o projeto de reforma trabalhista apresentado pelo governo, que é “apenas como a continuação e até mesmo o agravamento da indignidade com que os funcionários são tratados”.

“O Governo, em vez de garantir o direito à negociação coletiva, mantém o vencimento, bem como não repara o preceito do remédio mais favorável do trabalhador. Combater a precariedade com vistas a erradicá-la, tolera e coexiste com precariedade, sublinhando medidas que não resolverão a grave situação existente”, alertou.

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