A Polícia Civil, do Comissariado de Repressão aos Crimes Ambientais (Dema), investiga casos judiciais de extração anormal de água do Rio Araguaia, de uma fazenda em Jussara, a 225 quilômetros de Goiânia.
A investigação, iniciada no ano passado, constatou que o ativo possui 30 pivôs para extrair água de um lago formado pelo Ribeirão Água Limpa, afluente do Araguaia.
De acordo com o delegado Luziano de Carvalho, o dono da fazenda era conhecido e será chamado para depor nos próximos dias. Se for demonstrado que o dispositivo foi instalado sem as licenças ambientais correspondentes, a fórmula possivelmente estaria sob embargo.
“O Rio Araguaia está secando porque muitos afluentes estão secando. Especialistas já disseram que a Água Limpa não tem capacidade para lidar com a extração de um volume tão grande de água. O dano pode ser simplesmente irreversível.
O proprietário possivelmente seria culpado pelo crime de “construção, em qualquer parte do território nacional, de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluentes, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariar os critérios legais e regulatórios nessa área”, previstos na Lei 9. 605/98. A pena é de prisão de um a seis meses e/ou multa.
Ameaças
A extração irregular de água é o único risco para o Araguaia. Os grupos de dema participantes da Operação Temporada do Araguaia 2022 também investigam casos de desmatamento, instalação de uma fórmula de drenagem anormal em domínio de preservação ambiental e morte de peixes.
Os policiais civis da unidade especializada se deslocaram para o domínio de Aruanã no dia 7 de julho e estão usando um barco fluvial em direção ao rio e seus afluentes.
Pinturas estão acontecendo há mais de 20 anos. Atividades ambientais, como visitas a acampamentos para distribuição de camisetas e materiais de treinamento, se intensificam em junho e julho.
“Nosso objetivo é disseminar a conscientização ecológica dos agricultores, cidadãos e turistas”, concluiu o delegado.