Afetação. . .
Reação
Deputado estadual analisa influência do prefeito de Cuiabá, mas reafirma a maioria dos fechados com Mauro Mendes em 2022
Deputado Janaína Riva (MDB) – Foto: Varlei Cordova / AGORAMT
Segundo reportagem do portal AGORA MT, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) “abriu fogo” contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), culpado da tentativa de virar o partido para a esquerda durante essas eleições, na ala que sugere nomes como o ex-prefeito de Rondonópolis-MT, Percival Muniz (MDB), como candidato imaginável para o governo, formando assim a plataforma de oposição à reeleição do mandato do atual governador Mauro Mendes (UB). O prefeito está “fora de sintonia” com o resto do partido, alega o deputado.
“Ele nunca participa e quando chega tem um conceito absolutamente diferente do que se discute dentro do partido”, diz Janaína sobre Pinheiro. Prestes a realizar seu congresso partidário, marcado para o dia 27, em Cuiabá, o MDB, prevê o deputado, tem tendência a triunfar no consenso e enfraquecer a esquerda atual.
Nesta semana, o presidente do partido em Mato Grosso, deputado federal Carlos Bezerra, chamou uma candidatura de oposição imaginável de “pifia”. Um cenário que o gigante do MDB não quer, principalmente sendo o protagonista.
Na entrevista, Janaína falou de vanguarda, de proteger a maioria absoluta com Mauro, de ter Wellington Fagundes (PL) na mesma aliança com o Senado.
Deputado Janaína Riva (MDB) – Foto: Varlei Cordova / AGORAMT
Aqui está a entrevista completa:
AGORA MT: Nós seguimos essa “bola dividida” no MDB. Vamos começar nossa pesquisa com ele. Por um lado, nomes como o seu, que desde o início afirmaram uma posição, reafirmaram e mantiveram, e, por outro lado, um componente do componente que, digamos, oscila. Como é o clima no MDB no Mato? O Grosso?
JANAÍNA RIVA: Hoje, o partido entende que temos que caminhar com Mauro Mendes (UB). Ele está com quase todo mundo, por costume do prefeito de Cuiabá [Emanuel Pinheiro], que é outro do resto do grupo. Podemos dizer que temos um consenso, mas não unanimidade, para essa posição [de Emanuel]. Em nossa reflexão, construída com os membros do executivo e da diretoria, teremos que continuar com Mauro [Mendes] e, portanto, nessa aliança que também inclui Jair Bolsonaro (PL) e Wellington Fagundes (PL). O resto do partido já tem essa definição.
Quando o presidente do partido, deputado Carlos Bezerra, fala sobre um pacto de solteiros na convenção [do partido], é porque dentro do partido só substituímos nossa posição na convenção. Ontem, o próprio presidente [Bezerra] já havia dito que uma candidatura de oposição imaginável seria frágil. Hoje, não vejo a oportunidade dentro do partido para substituir, é claro. Pode ser substituído? Ele pode. Mas acho que é muito improvável.
Talvez o que o presidente do nosso partido está olhando é para acomodar uma composição com O Neri Geller (PP) [no Senado], como foi planejado no passado, mas, como é uma coalizão, não há como fazê-lo. O partido terá que ser alinhado.
Já passei por isso antes, quando o Wellington [Fagundes] concorreu a governador. Eu no MDB, me alinhei com o partido e em alguma outra candidatura.
AGORA MT: Oui. Et isso no passado considerado como uma opção de plataforma dividida não vai acontecer. . .
JANAÍNA RIVA: Você não pode. Temos que lidar com a política clássica. Eu já disse que esta plataforma aberta é equivalente a um casamento aberto: ninguém é inquebrável e todos traem todo mundo. Politicamente, isso é muito ruim para um grupo. Se você precisa mostrar força, você tem que ter coesão. E é sobre fazer uma escolha.
Hoje em dia é difícil fazer uma seleção em que nada está perdido. Escolhendo esquerda ou direita, tudo está perdido. Teremos que analisar o que é mais produtivo politicamente. Hoje, para o MDB, a situação mais produtiva é andar com Mauro e Wellington. Protegerei isso na convenção.
A deputada estadual Janaína Riva (MDB) e a vereadora Adonias Fernandes (MDB) – Foto: Varlei Cordova/AGORAMT
AGORA MT: Deputado, continuo falando sobre essa posição conflitante do prefeito Emanuel: até que ponto isso dificulta a condução do projeto político do partido?É um nome vital, prefeito de uma capital, influencia o curso. . .
JANAÍNA RIVA: Sim. . . o maior desafio com a participação política de Emanuel [Pinheiro] é mesmo que ele não precise concordar. O desafio é que ele nunca participa de nada e, no final, precisa dar sua opinião. Este é o maior desafio dele dentro do partido. Se você participou conosco em reuniões, como nós. . . mas não, ele nunca participa e quando chega ele vem com um conceito absolutamente diferente do que está sendo discutido dentro do partido. partido. Acaba sendo incoerente e um pouco excluído deste processo eleitoral.
Não é porque o MDB tem um desafio de namoro com o Emanuel. É ele quem tem um desafio de namoro com a festa. Se ele estava procurando sugerir e delinear o curso da partida, ele tinha que participar com todos.
Hoje, por exemplo, o partido não se zanga quando eu ou o deputado Juárez [Costa, deputado federal], apresentamos um posicionamento. É porque? Porque somos simpatizantes e estamos com o MDB.
Ele [Emanuel Pinheiro] não. Ele vem, na hora, com um conceito absolutamente diferente e sem impor o que é mais produtivo para ele como prefeito, mas não o mais produtivo para o partido.
AGORA MT: O MDB sequer atende a essa definição?
JANAÍNA RIVA: Ah, sim. Acho que Percival [Muniz] foi positivo. Ele também entende que sua candidatura seria muito atrasada em um processo eleitoral como este. Nosso partido é muito grande e muito forte, e tem muitos deputados federais e estaduais. Na própria Assembleia Legislativa, temos dois suplentes com 18 mil votos, temos os prefeitos das grandes cidades centrais. Então eu também acho que uma candidatura majoritária através do MDB, neste momento, seria adiada, a menos que seja algo necessário, um extremo. A opção é muito remota.
Penso que a maior discussão sobre o cronograma da nossa conferência será a seguinte: ela vai delinear cem por cento da coalizão ou vai conceder essa prerrogativa ao executivo?Gostaria que a conferência esboçasse, de uma vez por todas, toda a mídia. , no entanto, uma vez que será antes da conferência dos governadores, é confuso delinear. Afinal, não sabemos o que vai acontecer lá naquele dia.
Então, provavelmente, a referência será que cabe ao executivo definir a maioria. Isso é para o executivo, mas os correligionários gostariam de fazer parte dessa conversa.
Mas mesmo no Emanuel, ele não se encaixa, como membro do partido, nesse namoro que temos para o MDB em todas as cidades, acrescentando estagiários estaduais. Temos um departamento para o Senado, mas a maioria é com o Wellington [Fagundes] e o Mauro [Mendes]. Falaremos sobre isso e, se necessário, colocaremos em votação. Demonstre que no MDB todo mundo tem voz.