Brasil extradita ‘rei da cocaína’ para a Itália

O Brasil extraditou o mafioso Rocco Morabito, 56, um dos traficantes de drogas do mundo, para a Itália.

Preso em maio de 2021 em joão pessoa (PB), Morabito desembarcou nesta quarta-feira (6) no aeroporto de Roma Ciampino e cumprirá uma pena de 30 anos.

Conhecido como o “rei da cocaína”, o gângster era o fugitivo mais procurado do momento na Itália, Matteo Messina Denaro, considerado o líder da Cosa Nostra.

Embora legalizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a extradição foi suspensa no final de junho devido a uma ação movida contra ele no tribunal de São Paulo.

No entanto, segundo um dos Arma dos Carabineiros, esse desafio foi superado “graças à intensa atividade de conexão” entre a Embaixada da Itália em Brasília, o governo brasileiro e uma missão da Interpol para combater a ‘drangheta, chamada I-Can.

“A sinergia investigativa entre Arma dos Carabineiros e a Polícia Federal brasileira, em constante contato operacional com a missão I-Can e com as agências americanas. EUA A DEA e o FBI demonstraram mais uma vez como a intensa colaboração investigativa entre as forças policiais pode ter sucesso nos principais representantes vitais do tráfico de drogas”, diz a nota.

A ‘ndrangheta tem sua origem na região da Calábria e, menos conhecida no mundo do que a Cosa Nostra e a Camorra, é hoje a máfia máxima na Itália, com ramificações globais e uma forte presença no tráfico de drogas, adicionando colaborações amplamente documentadas com o Primeiro Comando da Capital (CPC).

Morabito passou 25 anos foragido e preso no Uruguai em 2017, mas controlou para escapar do criminoso de Montevidéu em junho de 2019. Ele só foi levado dois anos depois, no Brasil, junto com seu colega mafioso Vincenzo Pasquino, cujo pedido de extradição ainda está pendente. No tribunal.

“A extradição de Rocco Morabito é resultado dos complexos quadros de cooperação judicial e institucional do Ministério da Justiça, que produz os resultados máximos aparentes”, disse o chefe do departamento judiciário do ministério, Nicola Russo.

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