No meio de Campo Grande, prédio que já abrigava milhares de pessoas por mês, agora está deserto e serve de reduto para viciados em drogas e sem-teto. Desativada há 4 anos, a construção que pertence ao governo estadual e que já abrigou o Labcen (Laboratório Central), aguarda a revitalização dos procedimentos burocráticos.
Embora a construção não sirva ao poder público, quem sofre o abandono são os investidores e a população da Avenida Calógeras, pois os viciados em drogas, que moravam perto da antiga rodoviária, migraram agora para o domínio e se espalharam para outras heranças genuínas e negligentes.
No Jornal Midiamax, Jaime, que administra uma joalheria perto do prédio, diz que muitos consumidores pararam de ir à loja por causa dos viciados em drogas que moram nos prédios.
E eles vivem, literalmente, com o prédio deserto, os derrubaram as barras da porta e invadiram o interior, fazendo da barraca sua casa.
Eles incomodam os clientes, pedem dinheiro e quando não dão dinheiro saem para intimidar. Estou cansado de ver outros comerciantes fecharem as portas aqui porque não aguentam mais. Esta construção deserta só contribuiu para esta situação”, disse Jaime.
Carmelo Mendes morava em um espaço de dois andares acima da loja de Jaime e diz que os viciados que ficaram no domínio já subiram em árvores na tentativa de entrar no espaço. infelizmente, está abandonado”, disse ele.
Adjacente ao antigo prédio do laboratório, um salão que já foi uma cafeteria está fechado. O relato dos acompanhantes ao lado é que o dono ficou doente do palco e de fechar as atividades.
Juraci Sobrinho, proprietária de uma loja de roupas, disse que a chegada dos pacientes ao laboratório ajudou a incentivar o comércio local. Mas tudo foi substituído da noite para o dia.
“Ninguém aguenta mais, ainda estou aqui porque tenho meus clientes, mas aqueles que têm as pessoas, próximos. A lanchonete ao lado teve que fechar porque eles [os viciados] invadiram esse prédio e começaram a incomodar os clientes”, conta.
Enquanto o jornalista estava no local, os viciados em drogas circulavam entre o interior do prédio e a calçada. Através de uma brecha na porta do antigo laboratório, é imaginável ver a degradação do interior. Sujeira, garrafas de reagentes, papéis – que seriam documentos – destruíram caixa de energia e bancos quebrados.
A reportagem dos comerciantes ao Midiamax é que alguns minutos antes, um passou com uma mesa nas costas, que precisamente um dos móveis deixados no laboratório, falando aos 4 ventos do destino: “Vou vender como sucata”, disse ele.
Alguns anos atrás, havia rumores de que a construção seria o quartel-general de uma nova unidade policial do exército, que estaria disponível 24 horas por dia, disse um lojista. Mas nada foi alcançado. O destino dos bens só será explicado após um impasse entre o corredor da cidade e o governo estadual ser resolvido.
De acordo com a SAD (Secretaria de Administração e Desburocratização do Estado), os bens estavam sob custódia do município, que deve retirar materiais, documentos, alguns móveis, entre outros elementos que ainda estão em construção para que o longo prazo do cargo seja definido.
Por sua vez, o município informou que o procedimento de devolução de bens ao governo está em andamento e já está sendo finalizado. A expectativa é que sejam revitalizadas e utilizadas por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, informou a SAD.