Feminicídio: PM do Rio se desenvolve com botão de pânico

O aplicativo é criado pela polícia militar e conta com networking, botão de pânico e registro de eventos online. Em ato integrado à Secretaria de Administração Penitenciária, a PM será chamada, através do telefone de emergência 190, através de mulheres beneficiárias de medidas de proteção e cujos autores da violência utilizem uma tornozeleira eletrônica.

“Criamos um aplicativo para mulheres vítimas de violência, com uma rede de apoio de cerca de 190. Juntos, será feita uma aliança com o Departamento de Administração Penitenciária, autores que possuem tornozeleiras eletrônicas. Essas mulheres têm o botão de pânico, para que possamos agilizar o serviço em caso de descumprimento da medida de proteção. O aplicativo também será utilizado por mulheres atendidas através do programa Maria da Penha, acionando a unidade policial mais próxima”, disse o tenente.

Atualmente, o estado do Rio, com 92 municípios, conta com apenas 14 delegacias especializadas em atendimento à mulher (Deam), obrigando as vítimas a percorrer longas distâncias para se cadastrarem. Do total de funcionários do primeiro-ministro, 10% são mulheres. Na Polícia Civil, as mulheres compõem cerca de 24%, o que raramente dificulta o trato de um policial com casos de violência.

“É muito bom que se estabeleça um registro de ocasiões em casos de violência doméstica. Dos 55 casos de feminicídio registrados neste semestre, apenas 18% das mulheres tinham histórico de oposição ao agressor. Sabemos que a pandemia acelerou esse ciclo de violência. Na maioria das vezes, o caso faz com que o feminicídio ocorra, já que uma das características desse crime é a escalada da violência”, explicou a delegada Gabriela Von Beauvais, diretora-geral do Departamento de Proteção e Assistência à Mulher.

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