EUA se preocupam com eleições no Brasil

De acordo com reportagem da agência de notícias monetária Bloomberg, Bolsonaro pediu a Biden para ser reeleito na eleição presidencial de outubro.

Na semana passada, legisladores dos EUA disseram que estavam nos EUA. O Congresso dos EUA adicionou um item à lista recente de avisos que o Congresso dos EUA adicionou à lista de avisos que o Congresso dos EUA adicionou. O governo dos EUA e do presidente Joe Biden enviou ao Brasil sobre as eleições do país.

Trata-se de uma emenda, entre mais de mil, incluída no projeto de orçamento dos EUA. Os militares americanos, que previam a suspensão de alianças e o alívio dos recursos americanos para as forças armadas brasileiras, devem renunciar à neutralidade política nos próximos meses.

A motivação, segundo a BBC News Brasil, teria sido “sinais preocupantes” observados por parlamentares americanos de que os militares brasileiros estariam dispostos a participar do processo político-eleitoral, que, segundo deputados americanos, seria uma questão de instabilidade. para a América Latina e para os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos.

Com o apoio de seis deputados da ala mais à esquerda do Partido Democrata, a emenda nem sequer será apreciada em plenário. Ela foi destituída uma semana após sua introdução, devido à falta de amplo apoio bipartidário.

Ainda assim, a manobra foi vista como uma mensagem importante. Seria menos um projeto de lei do que uma mensagem de que os ganhos eleitorais no Brasil ainda são fortemente examinados pelos americanos.

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No entanto, a gestão de Biden e grande parte do Partido Democrata estão buscando equilibrar a linha entre estar atento a uma eleição que eles chamaram de “contestada” e deixar claro que eles não estão dispostos a interferir de qualquer forma no processo eleitoral. que deve ser “feito por brasileiros, por brasileiros” e aderir ao seu curso pretendido.

A proposta de emenda se soma a uma lista de pelo menos 4 protestos públicos realizados nos últimos dois meses que envolvem atenção especial das autoridades americanas ao processo eleitoral brasileiro.

Primeiro, a revelação, via Reuters, de uma troca verbal entre o chefe da CIA (agência de inteligência dos EUA), William Burns, e colaboradores de Jair Bolsonaro (PL) em que Burns aconselhou o presidente brasileiro a evitar questionar os brasileiros. Eleições. . A troca verbal, a portas fechadas, teria tomado uma posição em outubro de 2021.

Bolsonaro e seus ministros negaram que isso tivesse acontecido e disseram que seria “extremamente deselegante” que o líder da CIA viesse e entregasse uma “mensagem” ao Brasil. A própria CIA se pronunciou sobre o assunto.

Uma semana depois, em entrevista à BBC News Brasil, o subsecretário de Estado dos EUA. A secretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, disse que “o que você quer ver são eleições livres e justas, as estruturas institucionais que serviram bem a vocês (brasileiros) no passado”.

Com isso, explicou a posição dos americanos contra qualquer tipo de intervenção das forças armadas no processo eleitoral, como defendeu através do presidente Bolsonaro.

“Era a forma mais poderosa do governo dos EUA. “O Departamento de Segurança Interna dos EUA se preocupa com a forma como se preocupa e avalia a situação”, disse o brasileiro Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly.

A equipe da BBC News Brasil lê alguns de seus relatórios

Episódios

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Também em maio, senadores americanos descreveram Bolsonaro como um “líder que busca minar a democracia” e apontaram “retrocessos democráticos no país”, ouvindo a indicação de Biden para assumir a embaixada dos EUA. EUA no Brasil, Elizabeth Bagley.

“Você vai para um país onde o retrocesso democrático é uma preocupação genuína. Estamos envolvidos no atual líder do Brasil, que tentou minar a essência do processo eleitoral”, disse o senador democrata Bob Menendez, de Nova Jersey, e presidente do Senado. Comitê de Relações Externas.

Em outro discurso, Menendez citou o presidente pelo nome: “Bolsonaro tentou enfraquecer o processo eleitoral. Que medidas podemos tomar para a integridade e os resultados finais democráticos das eleições?

Bagley, a seleção política de Biden que não foi aprovada pela Comissão e pode ver sua nomeação retirada pelo governo, criticou diretamente o presidente brasileiro, expressou reservas sobre a qualidade das instituições do país.

“Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil tem sido uma democracia, tem estabelecimentos democráticos, um judiciário e legislativo independentes, a liberdade de expressão. Eles têm todos os estabelecimentos democráticos para realizar eleições livres e justas. Sei que não será um processo simples, apesar de todos os seus comentários (de Bolsonaro), mas apesar disso, temos todos esses estabelecimentos e continuaremos a expressar nossa confiança e expectativas de uma eleição justa”, disse Bagley.

crédito, Reuters

A montagem entre Bolsonaro e Biden tomou uma posição na Cúpula das Américas

Espantado x Satisfeito

Em junho, Biden e Bolsonaro se encontraram pela primeira vez, e nos poucos que falou com seu colega na presença da imprensa, Biden reafirmou sua confiança nas instituições eleitorais brasileiras.

Após a reunião, Bolsonaro disse estar “surpreso” com o líder americano. Biden, por outro lado, teria se sentido, segundo o Departamento de Estado, “satisfeito” – e teria levado a sério as supostas promessas de respeito ao processo eleitoral feitas por Bolsonaro.

Poucos dias depois, a empresa de notícias Bloomberg informou que, na reunião, Bolsonaro pediu a Biden para vencer Lula nas urnas em outubro.

A BBC News Brasil perguntou à Casa Branca sobre o assunto. Sem negar ou confirmar o conteúdo do relatório, a gestão de Biden respondeu que “de um modo geral, temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro. Em uma democracia consolidada como a do Brasil, estamos esperando os candidatos. “respeitar os resultados constitucionais finais do processo eleitoral. “

Crédito, Getty Images

Manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021

“A palavra de ordem sobre o Brasil em Washington é preocupante. Não, notamos esses vazamentos e declarações. A gestão de Biden obviamente expressou suas considerações publicamente”, disse Nick Zimmerman, representante sênior do Brazil Institute, à BBC News Brasil. O Wilson Center e ex-conselheiro de política externa da Casa Branca sob Barack Obama (2009-2017).

Zimmerman saudou o juiz da Suprema Corte Edson Fachin, que deu uma palestra em Washington na semana passada na qual disse que “poderíamos ter um episódio ainda pior em 6 de janeiro no Capitólio”.

Em uma transmissão em suas redes sociais em 8 de julho, Bolsonaro rebateu a fórmula de votação e disse que o eleitorado “sabe se preparar” para as eleições.

“Eu não quero dizer o que eu penso, mas eles sabem o que está em jogo. Eles sabem como devem se preparar, não para o novo Capitólio, ninguém precisa invadir nada, mas sabemos o que queremos fazer antes da eleição”, disse o presidente a seus apoiadores ao vivo.

O incidente levantou preocupações entre aqueles que temem atos antidemocráticos antes ou depois da eleição, embora o presidente não tenha especificado o que quis dizer quando disse que o eleitorado “sabe o que quer fazer” antes da eleição.

“A gestão de Biden está envolvida na opção de um colapso institucional e, obviamente, vê a opção de um 6 de janeiro no Brasil, que pode ser pouco antes das eleições de outubro”, disse Winter. Segundo ele, a opção que Bolsonaro vai rever para adiar as eleições de outubro está no radar do governo de Washington.

“Se Bolsonaro se convencer de que não pode vencer nas urnas, tentará paralisar o processo”, disse Winter. As pesquisas eleitorais atuais mostram o presidente no lugar do momento, cerca de dez pontos percentuais acima do principal candidato do PT, Luiz Inácio Lula. da Silva, 86.

Tanto as acusações de falta de transparência das urnas eletrônicas quanto a situação de tensão e violência, maximizadas pelo caso do assassinato de um líder local do PT em Foz do Iguaçu (PR) por um apoiador de Bolsonaro no último fim de semana, podem ser levantadas. justificativas através do governo para tentar salvar a escolha de tomar uma posição em menos de 3 meses. A opção também foi discutida em Brasília, segundo Elio Gaspari, colunista do jornal Folha de S. Paulo e O Globo.

Para o ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, o adiamento das eleições é um risco muito palpável.

“Se isso fosse feito, os Estados Unidos e outros países da região teriam reações dramáticas. Bolsonaro colocaria em risco a datação Brasil-EUA, não só em termos políticos, mas também economicamente. O Brasil ficaria isolado”, prevê Shannon.

Para o diplomata americano, a questão de 6 de janeiro nos Estados Unidos é instrutiva para os brasileiros.

“O Brasil e os Estados Unidos são como dois espelhos que estão agora, em sua polarização política, em sua sociedade dividida”, diz Shannon.

Ele argumenta que Bolsonaro e sua comitiva, especialmente seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estudaram conscientemente as ocasiões de 6 de janeiro, quando uma massa de apoiadores do ex-presidente Donald Trump, derrotado nas eleições, invadiu o Congresso em uma tentativa de salvar a certificação da vitória de Biden. Eduardo estava nos Estados Unidos na época e havia se reunido com o núcleo trumpista um dia antes do episódio.

“Cheguei aqui à conclusão de que o erro de Trump foi aceitar como verdade com a multidão de assessores, não poder depender das forças de segurança, sem trazer consigo essa ajuda institucional. não repetir”, diz o diplomata, que viveu sete anos no Brasil.

Apesar de admitir que os militares têm estado “extraordinariamente” preocupados com o governo Bolsonaro, Shannon duvida que as Forças Armadas do Brasil, como instituição, estejam dispostas a patrocinar qualquer ruptura institucional proposta por ele. Mas ele vê nas ações do presidente, arrastando os militares para o processo de contagem, e galvanizando esse efeito.

Crédito, Getty Images

O hábito das forças armadas brasileiras tem atraído nos Estados Unidos

“Quando os deputados propõem a modificação do orçamento das Forças Armadas brasileiras, eles enviam uma mensagem transparente de que estão atentos a esses movimentos. Esse tipo de mensagem, no entanto, é uma espada de dois gumes: se, por um lado, a democracia pró-brasileira mostrar, por outro lado, irritar o sentimento nacionalista no Brasil, eles possivelmente pareceriam uma intrusão”, diz Shannon.

Relações Internacionais dos EUA Os cidadãos americanos estão conscientemente lendo seus movimentos precisamente porque há pouco mais de dois anos foram descobertos do outro lado do palco. Em 2020, foi Bolsonaro quem comentou sobre o processo eleitoral dos EUA. Nos EUA, indicando a opção de fraude, como Trump defendeu. , nenhuma evidência. Na época, tais declarações provocaram descontentamento em Washington, especialmente entre os democratas.

“Os Estados Unidos estão divididos hoje entre expressar esse medo e garantir que ele não force muito sua mão, o que pode ter efeitos negativos e levantar questões dada a história do envolvimento dos EUA nos trágicos episódios da América Latina do século XX. Zimmerman disse, referindo-se às ditaduras militares na região, que tinham a dos americanos.

De acordo com Zimmerman, a Casa Branca precisa criar qualquer área para dizer que os Estados Unidos favorecem um lado. Até porque qualquer um deles pode lidar com o próximo governo com o qual Biden terá que negociar problemas que lhes custam caro, como o meio ambiente.

Seria, inclusive, segundo fontes ouvidas reservadamente pela BBC News Brasil, uma das razões pelas quais o ex-presidente Lula acabou não visitando os Estados Unidos na primeira parte de 2022. A cruzada do PT procurou sair e repetir a excursão que deu na Europa em território americano, com bons resultados políticos. No entanto, o governo Biden sinalizou aos emissários do ex-presidente que este não seria o momento certo para fazê-lo.

Para Winter, além de pouca vontade, a liderança de Biden agora tem poucas situações para mensagens mais poderosas, porque “ele tem muito com que lidar e perdeu o poder”.

Impopular, o presidente dos EUA terá que sofrer uma derrota nas eleições do Congresso. Embora possivelmente estivesse envolvido no Brasil, devido à falta de apoio parlamentar, ele nem sequer conseguiu, até agora, enviar um embaixador. confiar no país. Provavelmente, Washington não terá observadores diplomáticos de alto nível nas eleições de Brasília de 2022.

– Este texto foi originalmente publicado em https://www. bbc. com/portuguese/brasil-62142759

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