O calendário eleitoral, que já testa partidos e dirigentes, será imposto de uma vez por todas nesta quarta-feira, data que marca a abertura do prazo para a realização de congressos partidários para a confirmação dos candidatos por maioria e representação proporcional. A era vai até 5 de agosto. No Rio Grande do Sul, nesta fase, o mapa eleitoral nunca esteve tão aberto. Há várias vagas que ainda estão vazias, segundo composições que não se materializam devido à insistência dos partidos no protagonismo, o que levou a uma fumigação de aspirantes.
Por enquanto, a lista completa é a do pré-candidato do PP Luis Carlos Heinze, que concorrerá a Piratini com os vereadores de Porto Alegre Tanise Sabino (PTB), como vice-presidente, e comandante Nádia (PP), para o Senado. PL na corrida pelo governo gaúcho, Onyx Lorenzoni tem o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), como pré-candidato ao Senado. Onyx fez representações ao MDB, para quem propôs a vice-presidência, no caso da retirada da pré-candidatura de Gabriel Souza.
O caso do MDB, aliás, é uma das máximas emblemáticas das eleições deste ano. Acostumado a ter seus próprios candidatos nas últimas dez eleições, o partido está sob pressão das cúpulas nacionais do próprio MDB e também do PSDB, que exige o apoio dos emedebistas a Eduardo Leite para formalizar a aliança com a senadora Simone Tebet (MDB) que vai concorrer ao Planalto. Ao contrário do partido estatal, o MDB nacional não se apega aos holofotes e, portanto, garante sua presença independentemente dos efeitos das urnas.
No campo da esquerda, o PT tem a adesão do PCdoB. Os dois estão unidos em uma federação. O pré-candidato do partido, Edegar Pretto, ainda busca reforços, mas permanece isolado, com as vagas restantes para a maioria dos cargos abertos. O PSol tem Pedro Ruas como pré-candidato à executiva e Roberto Robaina, colega de partido, para o Senado, e não dá indícios de que cederá aos ataques do PT.
Outra aliança negociada, ainda sem avanço, chega ao PSB de Beto Albuquerque e ao PDT de Vieira da Cunha. Houve vários encontros em uma posição, mas nenhum está em posição de desistir da cabeça da placa para garantir um aliado. Neste caso, a conjuntura nacional também tem forte influência. Isso porque Geraldo Alckmin (PSB) é vice-presidente de Lula, e o PDT quer uma plataforma para o candidato à presidência Ciro Gomes no Rio Grande do Sul.