O Brasil já está vendo os efeitos diretos da escalada do desmatamento registrada nos últimos anos. A recente atualização da lista de animais, plantas e árvores em perigo de extinção no país, publicada em junho, indica que houve uma expansão de 52% no número de espécies florais ameaçadas de extinção dos biomas brasileiros. A construção leva em conta o período entre 2014, último ano de publicação do cadastro, e 2022.
Quanto à vida selvagem, o salto da época é menor, 7%, mas representa 76 espécies cujo estilo de vida está em jogo. Se analisarmos o conhecimento sobre o desmatamento na Amazônia, entre 2014 e 2021, o domínio total que foi descartado ilegalmente ultrapassa 160% no Brasil, de acordo com o Projeto de Monitoramento por Satélite do Desmatamento da Amazônia Legal (Prodes).
Em 2014, o índice foi de 5. 012 km², enquanto no final de 2021 chegou a 13. 038 km², perímetro que ultrapassa o território da cidade de São Paulo em quase nove vezes. Somente entre janeiro e maio deste ano, o desmatamento já alimentou 3. 360 km², segundo estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Nas regiões da Mata Atlântica, a devastação aumentou 17% até o final de 2021, em relação a 2014, e atingiu 21 mil hectares, a maior taxa desde 2015.
O desmatamento, como explica o pesquisador de ecologia aplicada na Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e na Universidade Federal de Lavras (Ufla) Cássio Alencar, pode ocorrer sob a ação de motosserras, mas também por queimadas, crime que não é incomum na parte atual. do ano a estação seca. Nunes diz que o desmatamento está interferindo diretamente no aumento do número de espécies ameaçadas de extinção no Brasil.
O especialista explicou que a principal explicação do porquê do diretório é a perda do habitat herbário da espécie. “Às vezes, a derrubada de uma única árvore pode levar à extinção de uma espécie”, explicou. A exploração madeireira ilegal, alerta o pesquisador, pode desequilibrar a umidade, a temperatura e os espaços florestais habitados por rebanhos de animais ou espécimes da flora. Máximos impactados, ele estima, são espécies raras ou espécies com núcleos menores.
“Se você transforma as características do ambiente florestal em pastagens, por exemplo, áreas agrícolas, gera uma degradação de situações biofísicas e as espécies não sobrevivem”, observa. Na investigação da lista publicada pelo Ministério do Meio Ambiente. , entre as espécies mais ameaçadas estão equipes de borboletas e mariposas, anfíbios, répteis, aves e peixes de água doce. Quanto à flora, existem plantas como um gênero de bromélias – Dyckia distachya – que é endêmica da mata atlântica, e árvores como a serviola amarela, de origem amazônica, e a cauda da raposa verde.
“São perdas muito significativas porque estamos nos livrando da nossa herança de ervas. A perda de uma espécie gera uma série de efeitos sobre o ecossistema não só para a espécie, mas também para a presa e o resto da cadeia. A casca de uma árvore, por exemplo, pode ter um composto medicinal que pode curar uma doença, mas cujas espécies se perdem sem sequer saber”, diz o pesquisador.
Para o pesquisador, o alívio nos gastos com controle ambiental se traduz na situação existente de altos graus de desmatamento. Levantamento realizado pela ONG Contas Abertas, realizado em parceria com o WWF-Brasil, destaca que em 2013 o orçamento do Ministério do Meio Ambiente foi de R$ 5 bilhões, mas que foi reduzido para R$ 3,6 bilhões em 2014, ponto que permaneceu até 2017, quando atingiu R$ 3,7 bilhões.
Em 2018, segundo o portal de transparência da agência, as receitas foram ainda menores, em 2,9 bilhões de reais. O compromisso monetário aumentou em 2019, alcançando 3,66 bilhões de reais, mas caiu para 2,98 bilhões de reais em 2021. Neste ano, o orçamento previsto pelo Ministério do Meio Ambiente é de R$ 3,61 bilhões.
Pesquisa realizada pela Universidade do Arizona, EUA, com a participação do Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG entre 2019 e 2021 com 11. 514 espécies de plantas e 3. 079 espécies de animais vertebrados, somando aves e mamíferos, constatou que 90% das espécies foram afetadas pelos incêndios que atingiram a Amazônia.
O estudo foi realizado contemplando toda a extensão da bacia amazônica, levando em conta um período de 20 anos. “É evidente que os efeitos negativos sobre a espécie aumentaram consideravelmente nos últimos anos. A partir de 2016, com a diminuição das inspeções, a situação só piorou. Como resultado, em 2019, os incêndios ficaram acima da média recente no país. Isso é preocupante”, diz o professor do ICB Danilo Neves em nota publicada pela UFMG.
Para combater o desmatamento e as queimadas, a pesquisadora Bianca Santos, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), defende o fortalecimento de organismos ambientais culpados pelo rastreamento e controle da exploração madeireira ilegal. Evite invasões de florestas públicas e áreas protegidas, como territórios indígenas, quilombolas e unidades de conservação. Dessa forma, será imaginável evitar a situação de grilagem de terras cada vez mais comum na Amazônia”, disse.
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