Fundador da milícia “Liga da Justiça”, Jerominho é baleado no Rio de Janeiro

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By People’s Hour Posted on August 5, 2022

Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, foi morto a tiros na tarde de quinta-feira (4) em Campo Grande. Fundador da maior milícia do estado, conhecida como “Liga da Justiça”, o ex-vereador do Rio foi emboscado na estrada para Guandu do Sapê e levado para Oeste D’Or, mas não sobreviveu. O cunhado de Jerominho, conhecido como Mauricio Raul Atallah, também foi morto a tiros e levado pelos bombeiros para o Hospital Municipal Rocha Faria. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele permanece internado. em estado grave.

Segundo testemunhas, Jerominho foi morto a tiros por três homens armados com fuzis que fugiram de dentro de um carro Cobalto por um tempo antes das quatro horas da tarde. O crime foi posicionado em frente ao centro social que o ex-vereador mantém no bairro. Ele tinha acabado de sair do local, acompanhado pelo cunhado, quando surpreendeu através da gangue armada.

A Polícia Militar informou, em nota, que “na tarde desta quinta-feira (4/8), o ex-parlamentar Jerônimo Guimarães Filho foi atingido por tiros na estrada Guandu Sapé, em Campo Grande”. a vítima foi socorrida para o Hospital Dor Oeste, onde não resistiu aos ferimentos” e que “em certo momento o homem também foi atingido e foi socorrido para o Hospital Municipal Rocha Faria”.

A aplicação da lei tem se intensificado em partes da Zona Oeste, reduto eleitoral do ex-vereador.

A Polícia Civil informou que a morte de Jerônimo Guimarães Filho está sendo investigada através da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e que os agentes estavam em processo de identificação dos autores do crime.

MILÍCIA

Jerominho cumpriu dois mandatos como vereador no Rio entre 2001 e 2008. Para o primeiro mandato, elegeu-se com 20. 560 votos e, por enquanto, recebeu 33. 373. Em 2017, o mandato do ex-vereador foi interrompido. Ele foi preso como um dos fundadores. da Liga da Justiça, uma das primeiras milícias do Rio de Janeiro, que contribuiu para a expansão de equipes paramilitares na capital fluminense.

Na Câmara do Rio, Jerominho negou ser miliciano. Mas, ironicamente, ele até foi ao plenário com um saco contendo dezenas de ovos de Páscoa com o símbolo do Batman, como o chamavam. O político é apontado através do governo como o fundador da Liga da Justiça, uma organização acusada de cometer assassinatos e cobrar taxas aos cidadãos da zona oeste. Seu irmão Natalino Guimarães, deputado estadual.

A força de Jerominho ameaçou após ficar preso por mais de 10 anos. Ele acusou, por meio da CPI da Milícia, liderada pelo deputado estadual Marcelo Freixo, um passo vital no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. Uma vez fora da prisão, o ex-juiz da La Liga havia se transformado em outra milícia, com outra liderança.

“Jerominho está querendo recuperar seu poder. Ele tenta concorrer a prefeito e falha. Começa a repetir a mesma estratégia de projeção política de antes. (. . . ). Ele ainda tinha uma base nesta região, empresas, outras pessoas semelhantes a ele. Ele repetiu um discurso através de um benfeitor, que não tem ligação com a violência”, explicou o professor da UFRRJ José Cláudio.

Jerominho é o momento em que o ex-assessor do Rio ligado às milícias foi morto. Em 2009, Nadinho de Rio das Pedras, que não foi eleito, foi assassinado no condomínio Rio 2, na Barra da Tijuca.

O assassinato de Jerominho se passa no meio de uma guerra interna na força de defesa que ele ajudou a fundar. No ano passado, após a morte do então líder da organização paramilitar, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, dois homens começaram a lutar pela sucessão: Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, irmão de Ecko, que assumiu a força de defesa na zona oeste; e Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, ex-braço direito do ex-patrão, que hoje domina as regiões lideradas por gangues da Baixada Fluminense. seus territórios.

A polícia está investigando se a morte de Jerominho está relacionada à guerra das forças de defesa. No entanto, as autoridades que investigam a organização criminosa dizem que ela não tinha mais um papel de liderança, apesar da forte influência e força política que tinha em Campo Grande.

ELEIÇÕES

No início deste ano, Jerominho anunciou que concorreria a deputado federal nas próximas eleições. No entanto, logo após o anúncio, o ex-vereador foi preso por uma condenação de longa data por extorsão à mão armada contra caminhoneiros, crime cometido em 2005. Menos de uma semana depois, ele foi solto porque o tribunal considerou que Jerônimo Guimarães Filho já havia cumprido a sentença completa a que havia sido condenado.

A continuação da candidatura não foi vista favoravelmente dentro do partido, pois não era elegível. Jerominho, então, declarou o seu para o coronel Sérgio Porto, pré-candidato à deputada federal, e o deputado estadual Jalmir Júnior, que busca um novo mandato na Assembleia do Rio. Na semana passada, Jerominho usou as redes sociais para oficializar os esperançosos, escrevendo: “Tenho certeza que a população estará bem representada com esses dois homens”.

No dia seguinte ao anúncio dele para os candidatos, Jerominho realizou uma assembleia aberta ao público no espaço onde morava em Campo Grande, com os dois. As fotos da assembleia maciça foram publicadas nas redes sociais do ex-vereador.

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