Cerca de 30% dos incêndios na Amazônia ocorreram no estado de Mato Grosso, diz ICV

O domínio equivale a quase o dobro do estado de Sergipe afetado por um incêndio na Amazônia Legal, de janeiro a 7 de agosto de 2022

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Centro de Vida (ICV), o número de espaços queimados na Amazônia Legal é de 3,7 milhões de hectares. O domínio equivale a quase o dobro do estado de Sergipe e foi afetado por um incêndio de janeiro a 7 de agosto de 2022.

De acordo com o conhecimento do Banco Global de Emissões de Incêndios (GFED/NASA), do total estimado, mais da metade, 1,9 milhão de hectares, foram afetados pelo período federal de proibição das chaminés, que começou em junho.

A pesquisa também constatou que 1 em cada cinco hectares foram queimados na Amazônia Legal este ano em áreas recentemente desmatadas, como o exemplo das queimadas florestais ocorridas em agosto no Parque Estadual Cristalino II, no município de Novo Mundo (MT).

De acordo com o resultado, apenas cerca de 30% dos focos na Amazônia Legal estavam localizados em Mato Grosso, o que corresponde a 1 milhão de hectares afetados pelo foco no estado da época analisado. Em comparação com o ano passado, onde 6% foram registrados. Desse total no estado, 60% das ocorrências foram no bioma Amazônia (618,6 mil ha), seguido pelo Cerrado com 39% (404,3 mil ha) e no Pantanal com 1% (6 mil ha).

O coordenador do núcleo de inteligência territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, explicou que o conhecimento prestado através da plataforma foi caracterizado de acordo com os biomas e categorias territoriais dos municípios.

“Essa pesquisa de conhecimento se deve ao fato de proporcionar um tamanho global dos espaços afetados pelo fogo, seja na Amazônia Legal, e em uma caracterização mais detalhada que temos feito para Mato Grosso, o estado máximo afetado pelos espaços máximos impactados, e assim consultar políticas e movimentos para salvá-lo e combater incêndios florestais” Dito.

Cinco municípios concentram 21% do total de focos de incêndio no estado. São elas: Tangará da Serra (64 mil ha), Paranatinga (47,6 mil ha), Colniza (41,5 mil ha), São Félix do Araguaia (33,2 mil ha) e Marcelândia (31,6 mil ha).

As habitações rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (RAC) foram responsáveis por 59% dos espaços queimados (607. 200 ha), seguidos por territórios indígenas (230. 500 ha) e espaços não registrados (100. 000 ha).

Em terras indígenas, o maior domínio afetado pelos incêndios da TI Paresi, com 61. 700 hectares queimados. É seguido pela TI Do Parábubure, com 39,4 mil hectares afetados, e pela TI do Parque do Xingu, com 28,7 mil hectares.

Quanto aos conjuntos de conservação e ao domínio público, uma atualização baseada em imagens de satélite sentinela-2 mostra que apenas cerca de 4. 000 hectares do Parque Estadual Cristalino 2 foram afetados pelo incêndio.

Um cenário sério também é descoberto na Estação Ecológica do Rio Roosevelt, onde 1. 000 hectares foram queimados. Nas unidades de conservação de uso sustentável, o máximo afetou a reserva extrativista Guariba/Roosevelt, com 5. 100.

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