Empresário evangélico ataca e trabalhadores proeminentes na Bahia

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Por Hora do Povo Publicado em 31 de agosto de 2022

William de Jesus Conceição, 24 anos, conta o horror que viveu nas mãos do proprietário e gerente da loja de Salvador onde trabalhava. O empresário salvadorenho é denunciado por dois de seus trabalhadores por agressão e tortura.

Funcionários dizem que foram espancados após serem acusados de roubar 30 reais dentro do estabelecimento, próximo à estação de exercícios da Lapa, no centro da capital baiana.

“Eu não podia fazer o que estava acontecendo comigo. Eu era espancado muito e houve um tempo em que eu não aguentava mais. Na verdade, pensei que ia morrer. Quanto mais ele batia, mais ele batia. Eu bati nele com o bar, ele bateu na cara dele”, disse William, que queimou as mãos com um ferro.

“Eles estavam batendo com ódio, eu vi a morte”, disse ele.

O empresário, que é chamado de evangélico e cuja vocação não foi revelada, teria deixado o ‘171’ com o ferro vermelho nas mãos da vítima, em alusão ao crime de contra bens previsto no Código Penal Brasileiro. O trabalhador também alegou que foi forçado a usar um terno enquanto era revistado pelo autor. As fotos foram compartilhadas no WhatsApp e publicadas pelo Bahia Notícias.

William disse que primeiro se aproximou do gerente e o levou para os fundos da loja. Então o chefe veio, e os dois chefes começaram a bater nos empregados.

“Eu só chorei e tremia. Eles me ameaçaram de morte e disseram que iam me entregar aos narcos”, disse o rapaz. “Estou muito indignado, não esperava isso deles”, disse ele. .

O momento em que o trabalhador era conhecido pelo nome de Marcos, acusado de roubar R$ 30. Ele estava convertendo tomadas e me disse para parar e procurar coisas. Nisso, ele já havia armado e colocado R$ 30 em um balcão. Eu coloquei o dinheiro na minha bolsa porque, como eu estava correndo com o lojista por um longo tempo. “Acho que já confiei. Eles me deram mais dinheiro e eu devolto para eles. Eu estava na loja, sozinha”, lembra.

“O primo dele veio, pegou um pau e me bateu na mão. Ele começou a me bater, dizendo que não era obra de Deus. Eu disse: ‘Eu não peguei emprestado de você, mas se você quiser, você pode bater. ‘O vídeo também foi transmitido no WhatsApp.

Isso provocou indignação das famílias dos jovens. “O vídeo circula nas redes sociais como se meu filho fosse um ladrão e ele não é. Tive que reivindicar meus direitos e exonerar meu filho”, disse a mãe de William.

O caso foi encaminhado à Delegacia Territorial 1 (DT/Barris). O chefe da unidade, William Achan, disse que um dos suspeitos já foi interrogado e testemunhado. “É um caso muito falsificado. Ele [um dos agressores] não justificou o crime, mas acusou os trabalhadores de roubo”, disse o delegado.

As vítimas denunciaram os dois agressores e o Ministério Público do Trabalho da Bahia abriu uma investigação sobre o caso de tortura. A polícia nacional também está investigando.

O delegado que investiga o crime de tortura se opôs a dois funcionários em Salvador, dizendo que ainda não havia provas para pedir a prisão das vítimas das investigações.

Os dois atacantes, Alexandre e Diógenes Carvalho, serão ouvidos nesta quarta-feira (31). Em uma declaração anterior, um deles disse que tinha “tomado justiça em suas próprias mãos”.

No portal G1, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que aguarda a conclusão da investigação, para registrar uma com a Justiça. O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito próprio para investigar as empreiteiras

De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a tortura é um crime hediondo sem direito a fiança, ou seja, não há perdão ou liberdade provisória. Para o delegado William Achan, não há dúvida de que houve uma prática de tortura contra os jovens. “Eles ficaram presos por um tempo, sofreram agressões e outras situações mais graves, com queimaduras, mordaças, mãos e pés amarrados. Então, é uma crueldade muito insultante e justifica a aplicação da lei sobre tortura”, disse o delegado. circunstanciado.

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