Candidatos da AC divergem na preservação ambiental; ver propostas

POR SCRIPT CONTILNET

O Congresso em Foco publicou nesta quinta-feira um relatório na forma de um observatório (1) no qual analisa as propostas contidas nos planos governamentais dos sete candidatos ao Executivo do Acre voltados para o meio ambiente.

“Propostas que vão desde zerar o desmatamento ilegal até o desejo de reformar a legislação ambiental ‘draconiana’ em todo o Estado são apresentadas nos documentos”, diz um trecho do documento.

Leia o relatório completo:

Há interpretações divergentes sobre o meio ambiente entre os sete candidatos a governador do Acre em seus planos de governo. Os documentos apresentam propostas que vão desde zerar o desmatamento ilegal até o desejo de reformar a legislação ambiental “draconiana” em todo o estado.

Última fronteira incorporada ao sistema econômico dominante, a Amazônia ocupa o centro das discussões globais em torno do meio ambiente. Parte desse debate é semelhante às situações exigentes colocadas pela exploração madeireira ilegal, pelo avanço da agricultura e da mineração. A nível regional, persiste o dilema eterno entre conservação e progresso econômico.

Poucas semanas antes das eleições gerais, foram analisados os planos dos principais candidatos ao cargo de governador do Acre em relação à inclusão de questões ambientais, levando em conta os movimentos propostos por meio dos candidatos ao cargo.

Gladson defende regulação ambiental e manejo florestal sustentável

Favorito nas últimas pesquisas, o governador Gladson Cameli (PP), eleito na primeira circular em 2018 na onda conservadora, é reeleito. Ela contestou os votos bolsonaristas com os ex-aliados, os senadores Sérgio Petecão (PSD) e Márcio Bittar (União Brasil), além de Mara Rocha (MDB), deputada federal eleita com o maior percentual de votos de votação no Acre nas últimas eleições.

Em seu plano “Compromissos Governamentais”, o candidato faz do fator ambiental um eixo estratégico e propõe movimentos semelhantes ao campo ambiental, em grande parte relevantes para o planejamento territorial e ambiental e a regularização territorial. Defende a desburocratização da fórmula de licenciamento ambiental e o apoio à expansão da prática de manejo florestal sustentável.

Gladson também pretende reduzir os efeitos ambientais do descarte de resíduos sólidos, investir em fontes de energia renovável e trabalhar em conjunto com organizações nacionais e estrangeiras para reduzir os efeitos causados pelas mudanças climáticas.

Jorge Viana fala sobre “agronegócio sustentável”

O ex-governador por dois mandatos, Jorge Viana (PT), busca recuperar o domínio do PT no Estado. O partido está em vigor há vinte anos, a hegemonia mais duradoura da história política do Acre. É a aspirante a competição que reúne os votos do eleitorado de Lula e do PT.

Mais preocupado com o meio ambiente do que com outros, o plano “Compromissos para melhor atender o resto do Acre” prevê a adesão ao esforço global contra a crise climática e a retomada dos movimentos de combate ao desmatamento ilegal. Propõe também “reformar a fórmula de regulamentação e licenciamento para o manejo florestal madeireiro”, “criar incentivos para a recuperação e recomposição florestal”, bem como “combater todos os tipos de grilagem e invasão de terras e contribuir para a mediação de conflitos agrários”.

No plano, o conceito de “agronegócio sustentável” é detalhado e são aconselhados caminhos imagináveis para um programa de progressão econômica voltado para áreas florestais e agrícolas. Essas estradas vêm com a “restauração da floresta original” e a construção de exportações de produtos compatíveis com sua conservação. Além disso, propõe “aproveitar as oportunidades apresentadas através dos mercados de carbono para as porções da floresta que ainda estão de pé” e sugere criar “oportunidades de aumentar a produtividade agrícola no Acre” para atender à demanda de expansão. do agronegócio.

Petecão pretende rever e implementar plano de combate ao desmatamento

Embora o tema não esteja incluído como eixo estratégico no plano de governo do candidato do PSD, o senador Sérgio Petecão lista 8 movimentos semelhantes à agenda ambiental. No documento “Com a Força do Povo”, propõe controlar o estado das unidades de conservação, rever e colocar em prática o plano de controle de recursos hídricos e o plano de combate ao desmatamento e incêndios ilegais.

Outras propostas visam a criação e fortalecimento de programas de regularização de encostas nos escritórios regionais do Estado, bem como a realização de campanhas educativas sobre preservação ambiental e uso consciente da água.

Bittar defende reforma das “leis ambientais draconianas” do Estado

Após ganhar destaque como relator do orçamento da UE em 2021, o candidato da União Brasil, senador Márcio Bittar, traz em seu plano a defesa do governo federal e critica a forma como a política ambiental vem sendo conduzida e está sendo conduzida.

Em “Ordem, Progresso e Competição para Fazer”, ele critica o conceito de intocávelidade da Amazônia. As dificuldades são necessárias para “servir interesses estrangeiros, alguns privados e alguns escondidos, e permitir que a região seja um celeiro de produção”.

O candidato propõe à legislação ambiental tornar a região um “celeiro de produção” e destaca a “loucura que tem sido o caso da silvicultura”, conceito desenvolvido sob o governo de Jorge Viana, que teria alcançado efeitos além da “submissão e ofensa à soberania nacional”.

Ele também critica a posição do governo estadual existente, salientando que não há vontade política ou “coragem para realizar uma reforma mínima das leis ambientais draconianas do Estado. Tudo estava estagnado e nada mudou. “

O documento lista 3 movimentos expressos semelhantes à agenda ambiental: “remover inibidores do uso da terra”, “alocar recursos e programas de defesa para que terras e florestas se utilizem com o menor dano possível”, além de “recuperar cargas de milhares de hectares de terra degradada”, incentivando sua exploração.

Oportunidades e situações exigentes para o meio ambiente

Apesar do alarmante conhecimento sobre o desmatamento e as queimadas na Amazônia, ao analisar as percepções do eleitorado classe C, o fator é apresentado como secundário à economia e à saúde pública, sendo um assunto de pouca sensibilidade para essa população.

Apesar dessa percepção, é difícil desvincular o meio ambiente das questões econômicas e sociais. Há relações entre o meio ambiente e a economia. A ligação com a saúde pública também não pode ser ignorada quando se observa a abundante disseminação de doenças respiratórias decorrentes da má qualidade do ar. devido aos incêndios em tempos de seca. Somente no Acre, entre agosto de 2021 e julho deste ano, foram desmatados 865 km², segundo dados do Imazon.

Essa falta de sabedoria do meio ambiente e sua ligação com a vida das pessoas pode ser uma das respostas às outras táticas em que o tema é apresentado no projeto de governo dos candidatos.

Uma transformação da ordem estabelecida significa colocar o ambiente no centro das discussões e não como um detalhe periférico do debate eleitoral. Vê-lo como uma questão que permeia e permeia, influencia e sofre as consequências das decisões em outras áreas. A vida das pessoas é afetada pelo meio ambiente, mesmo que não percebam.

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