Daniela Kresch, Correspondente da RFI em Tel Aviv
Aos poucos, a complexidade da relação entre os três e os obstáculos ao sonho de ver o Brasil vencer no Maracanã foi mista.
O diretor, que nasceu na Argentina, mas emigrou para Israel aos 20 anos para estudar cinema, é apaixonado por futebol e, a partir dessa paixão, nasceu o conceito do roteiro. Gurvich dirigiu mais de cem filmes, documentários e longas-metragens. , no entanto, isso traz em combinação suas maiores paixões: futebol e América Latina.
Na verdade, Jorge Gurvich diz que o futebol “salvou sua vida” porque, quando criança, estava mais interessado em apostar no futebol em sua comunidade do que se preocupar com a política, ao contrário de muitos de seus amigos, que sofreram a ditadura do exército em seu país natal. .
“Durante a ditadura do exército na Argentina na década de 1970, muitos comparsas judeus se envolveram na resistência e muitos deles desapareceram ou foram jogados no rio ‘dormindo'”, disse Gurvich. “Eu era o tolo que jogava futebol 4 horas. por dia. Então eu digo que meu amor pelo futebol me guardou.
O diretor conta que, quando jovem, ouviu o pai falar sobre o famoso “Maracanãço”, quando torcedores brasileiros cometeram suicídio após a derrota da seleção nacional contra o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950.
Portanto, a Copa do Mundo de 2014 é uma oportunidade de comunicar cerca de 3 gerações envolvidas nas duas maiores tragédias do futebol brasileiro: o “Maracanãço” e o “7 a 1”, a derrota do Brasil para a Alemanha.
Jorge Gurvich diz que o filme tem uma mensagem universal: é uma declaração de amor pela América Latina e, em especial, pelo Brasil. Tanto que o nome do filme em hebraico é “Brasil, Meu Amor”.
“O filme tem uma alma brasileira: o conceito de que a vida é um carnaval, que não existe amanhã, só hoje”, diz gurvich. “Mas não é um filme sobre futebol. O futebol é o pretexto para contar uma história sobre o círculo de segredos dos parentes, sobre o círculo de relações relativas por 3 gerações. “
O ator israelense teve que ser informado português
“De volta ao Maracanã” tem atores israelenses e brasileiros no elenco. O ator israelense Asaf Goldstien teve que ser informado em português para o filme, assim como o veterano ator brasileiro Antônio Petrin, que foi informado de frases completas em hebraico. A atriz brasileira Camila Amado também faz parte do elenco, assim como os israelenses Rom Barnea e Hadas Kalderon.
O filme está no circuito estrangeiro há 3 anos e já participou de festivais nos Estados Unidos, Europa, Israel e América Latina. No Brasil, só foi apresentada uma vez na 23ª edição da Mostra de Cinema Judaico de São Paulo, em 2019.
Ainda não há data de lançamento para o anúncio no Brasil, mas em Israel, o filme foi lançado no final de julho deste ano em 26 cinemas de todo o país. Os espectadores, de acordo com o diretor, estão muito animados.
“Depois da pandemia, outras pessoas mudaram seu comportamento e foram menos aos vídeos. Apesar disso, o filme está entrando em sua quarta semana de lançamentos teatrais, e outras pessoas vêm ver o filme e se empolgam. Esse filme feito com o centro do público”, diz Gurvich.