O que poderia ter evitado a tragédia de Santa Maria?

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Outras 106 pessoas permanecem internadas, com pelo menos 16 em estado grave.

Famosa por sediar festas universitárias, a boate era ponto de encontro dos acadêmicos e tinha capacidade máxima para 2. 000 pessoas.

Este é o fogo mais mortal da história do Brasil. A pior tragédia do tipo ocorreu em 1961 no Grande Circo Brasileiro, em Niterói, quando outras 503 pessoas perderam a vida.

A BBC Brasil conversou com especialistas que indexaram os fatos imagináveis que podem ter levado à tragédia, com base na investigação de depoimentos de testemunhas e autoridades locais. Para verificar.

Um dos donos da boate Kiss confirmou, em depoimento à Polícia Civil, que a licença de funcionamento do clube tinha expirado desde dezembro do ano passado.

Além disso, segundo o coronel da Defesa Civil Humberto Viana, o local também funcionava sem o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI), vencido em agosto de 2012. No entanto, a instalação permitiu sua operação até que novas investigações foram conduzidas.

Emitida pelo corredor da cidade com base em revisões emitidas por outros órgãos, a licença é uma licença que autoriza o exercício de determinada atividade em um determinado local.

O PPCI, segundo definição da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, é “um procedimento pelo qual qualquer proprietário ou usuário culpado de imóveis com equipamentos comerciais, industriais, públicos de entretenimento e habitação de mais de um terreno deve possuir”.

O documento é emitido através da filial doméstica após uma inspeção. Durante a inspeção, a empresa verifica que o status quo cumpre as normas vigentes de acordo com a atividade que ocorre no local, como o estilo de vida dos extintores domésticos e saídas de emergência e a ativação.

Especialistas consultados pela BBC Brasil que, embora a boate já tenha recebido a licença de funcionamento no passado, uma vez que são necessários documentos para a abertura de qualquer estabelecimento publicitário, manter as atividades de uma banca com licenças vencidas aumenta a ameaça aos usuários.

“Houve relatos, por exemplo, de que extintores de chaminés não estavam funcionando. Em tragédias como essas, há condições muito óbvias que acabam sendo negligenciadas”, disse à BBC Brasil Carlos Wengrover, engenheiro e coordenador do comitê de proteção de chaminés do Brasil no Rio Grande do Sul.

“É obrigatório saber se o espaço cumpriu rigorosamente os critérios definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como, por exemplo, os estilos de vida da iluminação emergencial”, acrescenta Wengrover.

A boate Kiss alegou ter capacidade máxima para mais 2000 pessoas. Não está claro quantas outras pessoas estavam dentro da instalação no momento do incêndio.

No entanto, a pedido da BBC Brasil, a Mavens calculou a capacidade máxima do espaço em 1. 300 pessoas, em seus 650 metros quadrados de área.

O cálculo leva em consideração até duas outras pessoas por metro quadrado, limite para locais como casas noturnas, conforme determina a regulamentação da ABNT, que rege a padronização técnica no país.

“A capacidade de um status quo terá seu domínio de superfície útil e seu destino. Isso é verificado através de uma inspeção dos bombeiros”, explicou Iván Ricardo Fernandes, engenheiro civil e capitão do Corpo de Bombeiros do Paraná.

“Antes disso, no entanto, o proprietário deve ter contratado um engenheiro que será responsável, como oficial técnico, de definir a capacidade máxima do local com base, entre outras coisas, nas regras de proteção contra chaminés”, acrescentou.

Para os especialistas, nem o corredor da cidade nem os bombeiros teriam verificado, por meio de inspeções, se a boate Santa Maria atendesse aos critérios estabelecidos pela legislação.

“O que vemos no máximo nessas tragédias é o descumprimento das regras. O corredor da cidade e os bombeiros terão que pintar em combinação com uma inspeção minuciosa das pinturas”, Luiz Antonio Cosenza, presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes. do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ).

Segundo Cosenza, as inspeções reduzem o número de feridos. Só no ano passado, lembrou ele, cerca de 90% de todas as lesões relacionadas à construção no Rio de Janeiro foram causadas pela falta de manutenção.

“Cabe aos órgãos culpados proibir a posição em caso de descumprimento da lei, bem como declarar o proprietário e o inquilino culpados de qualquer ameaça que o status quo possa apresentar”, disse Cosenza.

“Se havia apenas uma saída de emergência, por que esta instalação estava funcionando?”Fernandez perguntou.

No entanto, eles advertiram que a falta de pessoal tanto no corredor da cidade quanto na brigada de incêndio — órgãos culpados de examinar esse tipo de status quo — dificultaria a fiscalização.

“Os bombeiros e o corredor da cidade sofrem com a falta de pessoal. Isso torna os corpos culpados de impedir que a virada do destino funcione”, disse Fernandes.

Em entrevista à BBC Brasil, o ex-banqueiro Alberto Tessmer, que testemunhou o incêndio e ajudou a resgatar as vítimas, disse que havia apenas uma zona de fuga na boate, a mesma por onde o público entrou na boate.

Além disso, segundo ele, não há “sinais” de iluminação de emergência – o que, em caso de incidente, serve para sinalizar a rota de fuga mais rápida.

Tessmer acrescentou que muitas outras pessoas teriam a aparência de uma porta interna da boate, que deu acesso ao banheiro, como uma saída de emergência imaginável.

Segundo Fernandes, do Corpo de Bombeiros do Paraná, esses casos mostram a precariedade da estrutura da discoteca.

“Dado o domínio da superfície útil e a atividade do local, seriam necessárias pelo menos duas saídas de emergência, que juntas somam 7 metros de largura”, explicou Fernandes.

“Além disso, sempre de acordo com as regras da ABNT, a distância máxima para viajar até a zona de evacuação deve ser de 30 metros”, acrescentou.

De acordo com testemunhas, os solteiros saem por uma porta de cerca de 2 metros de largura por 2 metros de altura.

De acordo com relatos de testemunhas, um dos membros da organização Gurizada Fandangueira, que estava se apresentando na madrugada do último domingo, acendeu um sinalizador no meio da função.

As faíscas teriam atingido a impermeabilização do telhado e temporariamente o fogo, que pode não ser controlado.

Pirotecnia não era incomum nas apresentações da banda. No YouTube para compartilhamento de vídeo, por exemplo, performances além da banda revelam o uso de fogos de artifício semelhantes aos usados na boate Kiss.

“No entanto, os donos de clubes ou organizadores de festas permitiram essa prática, pois dadas as características do espaço, ela é proibida e pode correr riscos maravilhosos”, disse Wengver.

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