Após morte de adolescentes indígenas de MS, Cimi pede fim da violência nas aldeias

Em nota publicada na instituição nesta terça-feira (13), o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) lamentou as mortes dos adolescentes Ariane Oliveira Canteiro, 13, e Cleiton Isnard Daniel, 15. Os dois foram enterrados no mesmo dia na aldeia Jaguapiru. Cemitério Indígena da Reserva Indígena Federal em Dourados.

Ariane é neta de Nhanderu (oração) Getúlio Oliveira, membro da Aty Guasu (Grande Assembleia Guarani e Kaiowá) e está desaparecida desde 3 de setembro. Eu estava esperançoso de que ela viveria.

Segundo o Cimi, a dor da população da Aldeia Jaguapiru é ainda maior com a morte de Cleiton, que supostamente cometeu suicídio por causas desconhecidas. Ele sabia através de membros de sua família. Desejamos com todo o nosso centro que nenhum pai ou mãe se deleite com tal tragédia, nem hoje, nem amanhã, nunca”, diz a publicação do órgão.

Além do lamento, o Cimi também exigiu que um dia a violência nas aldeias pudesse simplesmente cessar. A entidade também relembrou a história de eventos que abalam os povos indígenas de Mato Grosso do Sul, como o estupro coletivo da filha Raíssa, que assumiu uma posição no ano passado, também cometida por meio de cidadãos da comunidade indígena.

“Crimes atrozes ou feminicídios, como os que envolvem crianças, e até mesmo o suicídio de jovens, infelizmente são condições que estão se espalhando em nossa sociedade, mas, como na reserva de Dourados, também podem ocorrer ou pelo menos melhorar. “diz trecho da nota.

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