grileiros lançam novo ataque à cidade de Pataxó onde executaram uma criança no sul da Bahia

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Por Hora do Povo Postado em 13 de setembro de 2022

Na última segunda-feira (12), indígenas Pataxó de Aldeia Nova, da Terra Indígena Comexatibá, em Prado (BA), foram novamente atacados por homens armados. A emissora informou que os ataques ocorreram à tarde e se intensificaram na noite de segunda-feira. Esta é a hora do ataque após o assassinato de um garoto Pataxó de 14 anos por homens armados contratados através de proprietários locais.

Os casos judiciais são que, além dos homens armados, a polícia do exército é através dos proprietários de terras para atuar como uma força de defesa para atacar as tomadas de pataxó.

Uma organização de homens armados atacou os índios Pataxó em uma fazenda na Terra Indígena Cahy Pequi (TI), no sul da Bahia. Gustavo Silva da Conceição, um garoto de 14 anos, foi baleado na nuca. Outro vizinho de 16 anos ferido no braço. O ataque foi registrado na semana passada no município de Prado.

Segundo um líder da TI comexatibá, o sol estava apenas começando a subir quando um carro parou na estrada em frente à sede da Fazenda Samambaia, ocupada pelo Pataxó.

“Já a 50 metros de distância veio o carro com a porta traseira aberta. Os meninos se viraram, ‘ei, vem com a porta aberta’, quando ele disse isso, ele já bateu na porta com um estrondo. a casa, outros no mato, 10 minutos de tiroteio sem parar”, disse o líder. No chão estava a criança, sangue e um carro, cartuchos de armas calibre 12 e 32, rifle Array40 e botijões de gás lacrimogêneo. “Armas policiais”, descreve.

Em protesto, os índios bloquearam a estrada para a cidade de Corumbau (BA). “E agora eles estão reunindo indígenas de toda a região aqui na recuperação, outras pessoas que estão vindo de todos os lugares”, diz o chefe do Pataxó.

O ataque, segundo o cacique, é feito por proprietários de terras e homens armados para intimidar o processo de autodemarcação do povo Pataxó, que vem sendo realizado desde 2000 e se intensificou nos últimos três meses, com cinco ocasiões.

A Terra Indígena Comexatibá Cahy Pequi – composta por nove comunidades – já publicou o Relatório Detalhado sobre a Identificação e Delimitação de Terras Indígenas (RCID) por meio da Fundação Nacional do Índio (Funai), também em 2015. -Outros povos indígenas de domínio de 28. 000 hectares e a aprovação não avançaram. Portanto, os outros povos indígenas reivindicaram suas terras por conta própria.

“Há muita venda de terrenos no território, exploração madeireira, areia, construção civil anormal. A invasão é demais. Então começamos a ocupar o lugar pacificamente”, explica o chefe. Em 22 de julho, o Pataxó assumiu a finca. de Santa Bárbara. Desde então, eles afirmam ser monitorados através de drones. E em 3 de agosto eles ocuparam a Fazenda Samambaia. Lá, pouco tempo depois, o ataque ocorreu.

“Estamos cercados por homens armados, organizações de latifundiários: estamos imersos em nosso território sagrado”, resume o comando de Pataxó.

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) acompanha a rede atacada em Aldeia Nova. Na última quarta-feira (7), o Superintendente de Direitos Humanos da SJDHDS, Jones Carvalho, compareceu pessoalmente ao local e fez um balanço da situação.

“Esta é uma situação de desolação maravilhosa, de medo maravilhoso, porque é um ataque muito violento. São crianças, idosos, mulheres – adicionando mulheres grávidas – que foram atacadas com armas pesadas, bombas de gás lacrimogêneo.

https://0f1beae9d74e9bab49e5ebdbaa19eb4d. safeframe. googlesyndication. com/safeframe/1-0-38/html/container. html “O Departamento Técnico da Polícia da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) já coletou provas investigativas, porém, o que descobrimos foi uma ação de uma milícia fortemente armada, com o objetivo de matar”.

Os ataques às comunidades indígenas, que têm terras identificadas por meio da Fundação Nacional do Índio (Funai), são promovidos por meio de agricultores, grilagem de terras. A grilagem de terras ocorre quando um usuário falsifica documentos para terras ilegalmente apropriadas.

“São ocupantes ilegais, ou seja: outras pessoas que buscam adaptar as terras de outras pessoas, acrescentando através de documentos falsos. A Coordenação de Progressão Agrária já analisou vários documentos desses camponeses, e não há nenhum que seja legal. uma tentativa de tomar a terra à força, que é um processo antigo, infelizmente em nosso país.

“Os povos indígenas são vítimas de um ataque certamente absurdo e desproporcional. Tomamos o lado dos povos indígenas, para proteger sua integridade. “

Profundamente chocados, descontentes e indignados com outra vítima mais morta pelas forças das principais propriedades que reinam em nossa região, fomos aos cidadãos denunciar e relatar os ataques violentos e assédios que sofremos nessas duas terras indígenas, sobretudo, durante os últimos 3 meses. Cientes de que eles têm sido praticados através de outros métodos que vão desde catapultas e balas de rifle, até flechas envenenadas de notícias falsas, mentiras, calúnias e difamação, dirigidas aos nossos líderes. Para semear a desconfiança, deslegitimar o movimento indígena através da auto-delimitação do nosso território.

Portanto, a fim de dizer e explicar melhor o que está acontecendo, nós declaramos o seguinte. Em 23 de junho de 2022, a Secretaria de Assuntos Indígenas do Município de Prado-BA, em nota enviada ao MPF, informou a resolução de consenso entre os líderes da aldeia de Alegría Nova e Rodrigo Carvalho. Dona do imóvel foi violentamente roubado do círculo de parentes de Julice e Elviro em 2002. O acordo previa o despejo da fazenda e seu retorno à Terra Indígena Comexatiba.

Com base nesse acordo que seria firmado com a FUNAI e o MPF, 160 pais de Pataxó para delimitar pacificamente o domínio com a estrutura de suas casas. Esse acordo durou apenas 3 dias, o suposto proprietário (invasor) do antigo Pequi Velho, o existente “Fazendo Santa Bárbara/Santa Rita” retirou-se do acordo. Após ser contatado através da organização de camponeses armados que haviam se espalhado em seus computadores de WhatsApp a promessa de transformar a região no mesmo campo de guerra instalado em Mato Grosso do Sul. Beneficiando-se de uma procissão de 60 carruagens com homens exibindo suas armas duras.

Desde então, parentes do domínio reconquistado passaram a ser monitorados através de drones, dia e noite direcionados ao domínio em questão. Eles descobriram nesse movimento que nas proximidades da Fazenda São Jorge e na divisa com a Fazenda Pequí Velho (Fazenda Santa Bárbara/Santa Rita) pertencente à TI de Comexatiba, um depósito de armas e munições havia sido instalado. Além de servir como alojamento para homens armados e milicianos que começaram a monitorar as fotografias capturadas através dos drones que circulavam e continuam circulando nas proximidades.

É colocar essas ocasiões no quadro geral da cruzada de ataques e violência que têm sido metodicamente planejadas contra nós, os povos indígenas do Brasil na Bahia, especialmente nessa região, com o consentimento da FUNAI e a omissão da comunicação pública. agências de segurança. Pior, com a participação do exército que “presta mais serviços” aos camponeses em conflito. Porque neste caso, nossos adversários que invadem nossas terras indígenas Barra Velha e Comexatiba são os mesmos, os atos de violência foram perpetrados através do mesmo arranjo de agricultores já mencionados.

Este não é um conhecimento incomum, uma vez que a exposição de suas ameaças e atos violentos circulam nas redes de whatsapp locais e regionais da extrema-direita bolsonario. Grande parte dessa cortina já foi anexada aos processos judiciais que arquivamos à FUNAI, ao MPF e à DPU. Com base no exposto, os parentes, sob a tensão das recorrentes invasões violentas do bairro, expulsam os homens armados e o auto-delegado da Fazenda São Jorge para impedi-lo. anos atrás, quando serviu como refúgio para as fumigações contraídas por camponeses no vale do microsassin do rio Cahy.

Em 2000, sob o comumente chamado Concreto, esse domínio invadido foi vendido ao Senhor Nem Gomes. Este cavalheiro cultiva a reputação de não ter compaixão pelo índio e finge contar supostos massacres que já cometeu no estado. do Pará, onde também afirma possuir muitas posses. De acordo com os ataques acima mencionados, um verdadeiro dispositivo de notícias falsas funcionou nesta guerra sem fim. Principalmente, através de políticos representando as elites locais que se mobilizaram em torno de um suposto artigo de jornal, prometido através de M. Juliano Ceglia. Outro ator que está através de nós, considerado um componente do conflito. Se levarmos em conta que, como ele mesmo alegou, em seu Instagram e por outros meios, ele também é parente próximo de sangue da MM. Normando Carvalho e Rodrigo Carvalho, supostos proprietários dos domínios disputados, criando o auto-desdelimido Comexatiba TI.

Este jornalista Juliano Ceglia, sob o pretexto de gerar uma história para o programa “Domingo Espetacular” da Rede Record, tocou e se aproximou dos familiares e líderes da Aldeia Águas Belas, até que lhe deram a história que ele procurava do Cacique Baia. com os latifundiários: que o movimento de inauguração não foi realizado através de parentes indígenas, mas através de criminosos não indígenas, milícias e infiltrados.

Não há nada que corresponda à realidade dos fatos, nem à força da autodeterminação do nosso movimento para garantir pelo menos nossos direitos, nossas Terras Indígenas. Apesar de a Funai, para nos proteger e nos proteger, tem demonstrado que ela é completamente abastecida por aqueles que precisam invadir nossas terras, nos exterminar.

Somos todos indígenas, indígenas Pataxó. No há infiltrados nesse movimento que estamos liderando pacificamente. Cacique Baia e sua comunidade, Aldeia Águas Belas, enfrentam as mesmas ameaças e ataques que sofremos. Ele é um parente conhecido por ter sido cooptado e mimado por camponeses e políticos locais, como o círculo de parentes de Brito e o conselheiro bolsonarista de Prado, Brênio Pires, invasor da região da Aldeia Tibá, protagonistas locais de vários ataques contra nós e nosso território.

Sua fala, manipulada nos vídeos que o jornalista começou a divulgar, não nos constitui, nem seu conteúdo corresponde ao fato dos fatos, nem sua transmissão teve nosso total e esclarecido esclarecimento. O mais grave é que tudo isso só serviu para adicionar combustível ao fogo da violência legal neste território, cujo parecer favorável foi conquistado graças a notícias, artigos difamatórios divulgados em equipamentos wattsapp e redes sociais que só desqualificam nossos líderes, aliados populares e simpatizantes locais.

Ele usou esse artifício de manipulação da opinião pública ao publicar os chamados trechos “vazados” do referido artigo jornalístico que ameaça ser publicado no próximo domingo, 11 de setembro, através do escritor e jornalista Juliano Ceglia que, na última madrugada de domingo, 4 de setembro, o jovem Gustavo Silva da Conceição foi cruelmente assassinado com vários tiros covardes que desencadearam o ataque, enquanto dormia ao amanhecer.

Teria havido um verdadeiro banho de sangue se os próprios lutadores não tivessem morto dois de seus companheiros no grupo. Cuja estratégia foi configurada em uma autêntica tática de guerra com o uso recursivo de dispositivos e tecnologias extremamente complicadas, inscritos apenas em ações de proteção pública, como o uso de chapéus ninjas, gás lacrimogêneo, rifle, espingardas calibre 12, 38 rifles.

Por tudo isso, pedimos justiça, para impedir a divulgação através da Rede Record ou qualquer outro meio de comunicação, das roupas caluniosas anunciadas para a chocante transmissão dominical. Que os assassinos de nosso amado sejam conhecidos e criminalizados, os agentes locais que trabalham na propagação de mentiras e notícias falsas para justificar a violência. Que a Polícia Federal assuma o comando da invasão e sequestro de milicianos e mercenários para semear a morte e o terror em nosso território, nas estradas da servidão e acessos secundários.

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