O jornal lembra que no ano passado o Brasil estava à beira de uma ruptura institucional, com uma invasão da Suprema Corte evitada no último momento. Este ano, a demonstração de força promete ser mais contida, analisa Libération, diante dos apelos de Bolsonaro por desfiles “pela liberdade”, em clima de “paz e harmonia”. “Veremos”, escreve o jornal.
“Nas redes sociais ou em painéis gigantes espalhados pela capital, a galáxia bolsonarista repete o ultimato ‘é agora ou nunca’”, relata o diário francês.
“Jair Bolsonaro quer desmentir as pesquisas e mostrar que o povo está a seu lado”, explica Thomas Traumman, pesquisador da Fundação Getulio Vargas, entrevistado pelo Libération. O grande problema, na opinião de Traumman, será se Bolsonaro efetivamente perder e se recusar a aceitar a derrota.
“Com 32% das intenções de voto, o ex-capitão de infantaria, que se tornou deputado pelo Rio de Janeiro e depois um improvável chefe de Estado, é o primeiro presidente brasileiro que não é favorito à própria reeleição”, lembra o jornal.
Apesar da ligeira melhora dos indicadores, como crescimento econômico, redução do desemprego e da inflação, Bolsonaro continua caindo nas pesquisas, enfatiza Libération.