Neste ano, o Brasil retornou ao mapa de fome da Organização das Nações Unidas (ONU). A última edição da pesquisa foi publicada em 2015, e na época o país não estava entre as nações que vivenciavam uma situação terrível. No Rio Grande do Sul, o conhecimento da pesquisa “Desconfiança alimentar em face do Covid-19 no Brasil”, realizada por meio da campanha Olha Para a Fome, mostra que o Estado reflete a verdade do país.
O estudo foi realizado entre novembro de 2021 e abril de 2022 e constatou que quase 3 milhões de pessoas no estado tinham escassez de alimentos. Isso significa que cerca de um quarto da população gaúcha não tem certeza de poder comer o dia ou já sabe disso. eles podem não ser capazes de comer.
Segundo o presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (CONSEA-RS), Juliano Ferreira de Sá, os números são sinais vitais da verdade observada em uma base.
– Voltamos a um ponto antes do início dos anos 90, quando o sociólogo Herbert José de Sousa, vultoso Betinho, mobilizou, no Brasil, a ação cidadã contra a fome, a miséria e a vida. uma iniciativa dessa magnitude para combater a fome. Pesquisas mostram que mais de 25% dos gaúchos nesse cenário. Ou seja, se pegarmos o Estado e dividi-lo em quatro, significa que uma dessas peças está com fome, não há nada para comer. O cenário dos jovens é o que mais nos assusta – diz Juliano.
De acordo com dados da pesquisa, 30% das famílias pesquisadas em famílias com jovens de 0 a 10 anos têm escassez de alimentos. Assim, jovens de 3 em cada 10 famílias que participaram da pesquisa são severamente inseguros ou não têm nada para comer. O cenário preocupa a CONSEA, que busca oportunidades nas administrações públicas para combater a fome e a pobreza:
– Nós que pelo menos 3 alimentos são obrigatórios para uma vida saudável. O ponto moderado significa que outras pessoas neste cenário não comem mais em quantidade e qualidade suficientes, não podem comer todos os 3 alimentos, mas alguns podem. E os mais sérios são aqueles que não comem nada durante o dia porque não podem, não podem. Muitos têm cestas inteiras de alimentos fundamentais, cozinhas de sopa e restaurantes populares.
Com a falta de alimentos em pelo menos 30% das casas no Rio Grande do Sul com crianças de até 10 anos, o CONSEA tem tentado resolver casos de desnutrição. O presidente explica que a desnutrição crônica pode durar uma vida inteira para as crianças.
Quem corre com anos de treinamento precoce sabe como é a nutrição para o crescimento, aprendizado e progressão dos jovens. Hoje ouvimos depoimentos de pediatras que cuidam de jovens em PA em casos de desnutrição crônica, isso enfraquece toda a aptidão física e cria transtornos que podem ser irreversíveis do ponto de vista da progressão humana – explica.
Com os mesmos percentuais consistentes do estado de São Paulo, o fator de desconfiança alimentar reside basicamente nos municípios que terão que localizar oportunidades para enfrentar o problema. Segundo o conhecimento da Prefeitura de Santa Maria, o Restaurante Popular, um dos projetos que promete um almoço econômico, atende 14 mil usuários por mês. As sete cozinhas de sopa da rede do município são culpadas por servir comida para outras 12 mil pessoas por mês.
– Em termos percentuais, não números absolutos, vivemos em uma realidade muito semelhante à de São Paulo. Embora a Região Sul seja rica, o Estado relata uma disparidade social muito grande. Soma-se a isso a falta de políticas públicas sobre o componente do governo federal e, portanto, temos um panorama do dever dos municípios. E nos comunicamos sobre a comida não como um favor, mas como um direito constitucional, então torna-se um dever legal da força pública criar situações para outras pessoas comerem – ressalta Juliano de Sá.
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