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Ele é alvo de uma operação que investiga um suposto esquema de “rachadinha” no legislativo estadual, com uma discrepância de milhões de reais.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), se despediu do local de trabalho nesta terça-feira (11) por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ele é alvo de uma operação por meio do Ministério Público Federal (MPF) que investiga um suposto esquema de “rachadinha” no legislativo estadual, com uma discrepância de milhões de reais.
Segundo a Polícia Federal, a “Operação Edema” investiga a prática sistemática de desvio de verba pública que ocorre desde 2019 no âmbito da força pública do Estado de Alagoas.
“Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em casas semelhantes às da investigação. De acordo com a decisão do tribunal, a partir de hoje, as pessoas sob investigação não podem se tocar e não podem comparecer aos órgãos públicos envolvidos na investigação. As medidas cautelares vêm com ordem de confisco de bens e valores mobiliários de até R$ 54 milhões. Dezenas de casas foram constritos”, diz a nota da PF.
“A necessidade e a urgência das medidas cautelares tomadas nesta manhã – que vêm com busca, confisco de bens, separação do poder público, entre outras medidas – têm sido amplamente demonstradas nos autos de investigação policial e corroboradas por meio do Ministério Público Federal. Ministério Público, que subsidiou a decisão judicial”, completa o documento.
A PF aponta que a investigação, ainda em segredo, refere-se à ocorrência dos crimes de organização criminosa, peculato orçamentário e lavagem de dinheiro. “Também na terça-feira, o vice-governador será informado da ordem judicial ao governador de plantão”, diz o memorando.
De acordo com o portal G1, Dantas estava em um hotel em São Paulo quando foi abordado pela PF e sua propriedade, como seu celular, foi apreendida. O Conselho Deliberativo do Estado de Alagoas ainda não se pronunciou sobre a operação.
Dantas e Rodrigo Cunha (União Brasil) enfrentarão mais uma circular por enquanto na disputa pelo governo alagoano no dia 30 de outubro. Tribunal (TSE).
A disputa no estado foi marcada por algumas peculiaridades. Nos bastidores, a guerra está entre nomes fortes de Brasília: Arthur Lira (PP), atual presidente da Câmara Federal, da base do governo Bolsonaro e de Rodrigo Cunha, e o emedebista Renan Calheiros, ex-presidente do Senado que o declarou para Calamar.
Dantas, que concorre à reeleição, assumiu a presidência por um “mandato de amortecimento” em maio, após eleições oblíquas, e manteve a organização subsidiada em vigor através de Renan e do ex-governador Renan Filho (MDB), que renunciou ao cargo de senador.
Seu vice, Luciano Barbosa, também do MDB, que generalmente assumiria o cargo, já havia renunciado em 2020, para concorrer a prefeito de Arapiraca – e vencer as eleições. O terceiro na ordem de sucessão, presidente da Assembleia Legislativa, e também do MDB, Marcelo Víctor, abdicou da presidência porque, se assumisse o cargo, seria impedido de renovar seu mandato como parlamentar.
Durante a campanha, um círculo de parentes também briga. O ex-deputado Luiz Dantas, pai do atual governador e candidato à reeleição, deu a impressão em um vídeo de propaganda eleitoral do adversário de seu filho, Cunha, endossando suspeitas de corrupção relacionadas a cargos obrigatórios envolvendo o atual governador.
Em sua conta no Twitter, Dantas, o filho, postou um vídeo de seu oponente, Cunha, “política embaraçosa” e alegando que o conteúdo havia sido manipulado.
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